Líder da oposição em Israel condena polícia por repressão violenta em protestos contra Netanyahu
O atual líder da oposição em Israel, Yair Lapid, criticou a atuação da polícia em um protesto ocorrido na tarde de sábado (24), que clamava por eleições antecipadas e a libertação de reféns em Gaza. Lapid, ex-primeiro-ministro do país, utilizou a rede social X (antigo Twitter) para denunciar o que considerou “violência policial perigosa, antidemocrática e inaceitável” contra os manifestantes, incluindo as famílias dos reféns.
“O direito de protestar é um direito fundamental, e não podemos tolerar o uso de bastões e canhões d’água contra manifestantes pacíficos”, afirmou Lapid, de acordo com a agência Lusa.
O protesto, que reuniu milhares de manifestantes em frente ao quartel de Kirya, em Tel Aviv, teve como demandas principais a convocação de eleições antecipadas, a libertação de reféns em Gaza e a renúncia do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Além das questões eleitorais, o protesto contestou a lei que isenta os estudantes ultraortodoxos do serviço militar. A adesão ao evento, no entanto, ficou abaixo dos níveis registrados em manifestações anteriores, como a campanha contra a reforma do judiciário proposta por Benjamin Netanyahu.
O ex-ministro da Defesa Moshe Yaalon também marcou presença na manifestação, atribuindo ao premiê israelita a responsabilidade pelo ataque do Hamas em 7 de outubro. “A responsabilidade dos chefes da Defesa é clara. Deixemos que lutem com paz mental, mas o senhor Netanyahu é responsável e culpado”, argumentou Yaalon.
A ofensiva israelense na Faixa de Gaza já resultou na morte de quase 30 mil palestinos, a maioria de mulheres e crianças.
Com Brasil 247