SEGURANÇA

Lewandowski diz que fugitivos de Mossoró tiveram auxílio do Comando Vermelho

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (16) que os fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) só foi possível por causa da ajuda de facções criminosas. De acordo com o ministro, a investigação constatou que membros do Comando Vermelho de outros estados forneceram dinheiro e veículos para auxiliar na fuga dos detentos. Os dois fugitivos são ligados à facção criminosa no Acre e foram capturados no dia 4 de abril, em Marabá (PA), após 50 dias de buscas.

“É claro que isso [a fuga do presídio] só foi possível mediante auxílio externo, organizado. Como eu disse, fizeram, na época, um verdadeiro comboio do crime, com três viaturas, digamos assim, sendo que dois fuzis foram apreendidos, vários celulares, vários cartões de crédito. Realmente, não fosse o trabalho de inteligência da Polícia Federal e não fosse a colaboração também da Polícia Rodoviária Federal, possivelmente, eles já estariam fora do País”, afirmou o ministro durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

Lewandowski também disse que a fuga foi algo “excepcional e inusitado” e que essa foi a “única e última” vez que ocorreria esse tipo de episódio. “O esforço foi muito intenso para recapturá-los, que vai servir de exemplo, e temos a certeza que o crime organizado, tenha a sigla que tiver, não triunfará no nosso país. Protocolos de segurança foram revistos. E garanto que nenhum detento mais se evadirá das penitenciárias federais”, disse Lewandowski. A conta para a recaptura dos presos foi de R$ 6 milhões.

“Eu acho que deste episódio nós tiramos várias lições importantes. Ele nos ofereceu a oportunidade de revermos os protocolos de segurança e os equipamentos de todas as prisões federais”, completou.

O ministro também falou sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto que trata das saídas temporárias de presos em datas comemorativas como Natal, Dia das Mães e Páscoa.

Lewandowski defendeu a decisão do Executivo e afirmou que há “um esforço para ressocializar esse indivíduo e de fazer com que ele volte ao convívio social”.

“Assumo essa responsabilidade pela sugestão do veto. O presidente manteve a prisão de presos perigosos, que cometeram crimes graves. Quem cometeu crime hediondo, latrocínio, estupro e quem cometeu crime com violência e grave ameaça. Praticamente o direito a saída é restrita a um universo muito pequeno. Hoje, estão no semiaberto 118 mil presos. Esse número agora é reduzidíssimo, de direito à dita saidinha, a estelionatário que dá cheque sem fundo. O presidente se preocupou com o direito dos presos em visitas as suas famílias, princípio fundamental da Constituição, da dignidade humana, da individualização da pena”, disse o ministro.

Redação DiárioPB

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