Jornalista brasileiro lamenta tom subalterno e serviçal da imprensa corporativa à monarquia britânica
"É uma traição à pátria em forma de submissão orgulhosa", diz Tiago Barbosa
“O tom subalterno, serviçal, colonizado e melodramático da mídia brasileira na cobertura da morte de Elisabeth II explica o subdesenvolvimento e a dificuldade do país de ver a própria identidade como nação latino-americana. É uma traição à pátria em forma de submissão orgulhosa”, escreveu o jornalista Tiago Barbosa, em suas redes sociais.
“A devoção à monarca de um império responsável por atrocidades mundo afora como um líder próximo e querido por um país massacrado durante anos de colonização e barbárie é um contrassenso só justificado por sucessivos projetos de poder antinacionais, deslumbrados e entreguistas”, acrescenta.
“O Brasil prostrado por Elisabeth II nega a si mesmo porque se percebe como inferior no concerto das nações e submete o valor histórico a uma doutrina estabelecida por quem fez da expropriação estrangeira o motor do próprio desenvolvimento. É uma confissão de irrelevância”, finaliza.