Itália faz o necessário, vence por 2X0, e tira Espanha da rota do tri

itália 2X0 espanhaHá beleza na marcação e no jogo defensivo. Saber desarmar e antecipar o passe é uma arte. Nesta segunda-feira, no Stade de France, a Itália foi competitiva o suficiente para despachar a atual bicampeã Espanha e seguir em frente na Eurocopa. Começou a decidir o jogo com um “gol feio”, de zagueiro. Chiellini abriu o caminho para o triunfo, aos 32 minutos do primeiro tempo, etapa em que os tetracampeões mundiais dominaram.  No segundo, a Azzurra fez o que sabe melhor: aguentou a pressão e selou a revanche da final da Eurocopa de 2012, perdida por 4 a 0 para La Roja. Pellè deu o toque final da festa, aos 46. Agora, a squadra enfrenta nas quartas a Alemanha, em novo clássico do mata-mata.

As participações de Buffon e De Gea nos 45 minutos iniciais podem muito bem explicar a etapa. O experiente italiano apareceu mais em bolas recuadas e só precisou intervir num chute de Iniesta de fora da área, fraco e em cima dele, aos 28. O jovem espanhol fez quatro defesas difíceis, uma delas parcial, aproveitada no rebote por Chiellini para abrir o placar, aos 32. A jogada começou numa falta frontal à área cobrada por Éder com força em cima dos companheiros na barreira. O brasiliano jogou bem no primeiro tempo, abrindo espaços e incomodando muito a zaga formada por Sergio Ramos e Piqué.

A Espanha voltou melhor do intervalo, e a Itália não frequentou tanto o ataque como na etapa inicial. Com a marcação mais na frente, dificultando a saída do adversário, os atuais bicampeões ameaçaram bem mais Buffon. O goleiro esteve atento em dois chutes de primeira de fora da área, de Iniesta e Piqué, aos 30 e 31, respectivamente. E mais ainda numa finalização à queima-roupa do zagueiro, frente a frente, aos 44, quando a pressão testava a eficiência defensiva da Azzurra. No contra-ataque, nos acréscimos, Pellè selou a vitória, completando de primeira com De Gea batido num cruzamento.

A seleção que encantou o mundo e ganhou três títulos importantes seguidos parece estar com problemas. Vitoriosa nas Eurocopas de 2008 e 2012 e a Copa de 2010, a Espanha sucumbiu no último Mundial no Brasil, sendo eliminada pelo Chile ainda na fase de grupos, e agora cai diante da Itália, escola oposta a sua e que parecia enterrar a cada triunfo nos torneios. A eliminação pode levar o técnico Vicente Del Bosque a sair de cena.

Contratado pelo Chelsea e de saída da seleção italiana depois da Eurocopa, o técnico Antonio Conte foi o 12° jogador da Azzurra. Só faltou entrar em campo. E por pouco não o fez. Mais do que comandar taticamente a squadra à beira do gramado, deu um exemplo de vibração para seus jogadores nos 90 minutos. No segundo tempo, ficou aflito por estar no campo oposto ao de sua defesa, tal era sua vontade de orientar a marcação. Num erro de Giaccherini, chegou a emendar de bico uma bola que saiu pela lateral. No gol de Pellè, foi dele o aviso para que se invertesse a jogada antes do cruzamento para a conclusão.

Numa seleção que prima pelo jogo defensivo, não é fácil ser atacante. Mas, com sua movimentação e velocidade nos contra-ataques, Éder levou a Itália a ficar confortável para jogar mais como sabe no segundo tempo. Cobrou bem a falta que deu origem ao gol de Chiellini e quase deixou o seu na etapa final, quando De Gea defendeu conclusão sua na área em rápido contragolpe. Cansou, foi substituído, mas saiu muito bem.

GE

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Redação DiárioPB

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