INTERNACIONAL

Israel volta a bombardear campo de refugiados de Jabalia na Faixa de Gaza

Novo ataque acontece 24 horas após o primeiro bombardeio, que matou 50 pessoas e deixou outras 150 feridas. Estima-se que o campo abrigue 116 mil refugiados

Israel voltou a bombardear nesta quarta-feira (1) o campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, informa a agência Al Jazeera. Nesta terça-feira (31), Israel já havia feito um ataque ao mesmo local. Segundo a agência de notícias, “o ataque aéreo israelense teve como alvo um bloco residencial na área de al-Falouja, em Jabalia. O bloco está densamente povoado. Os sobreviventes estão tentando ajudar as pessoas que estão sob os escombros das casas que foram danificadas ou destruídas. Bombas de vários tamanhos foram usadas, destruindo bairros inteiros”. >>> Primeiros estrangeiros e palestinos feridos deixam Gaza rumo ao Egito. Brasileiros não são liberados

Ainda conforme os relatos, os bombardeios foram “intensos e indiscriminados”. Estima-se que centenas de pessoas estão presas sob os escombros. A agência informa que Israel havia avisado aos palestinos por meio de panfletos para que deixassem o local. >>> Altman defende que Brasil siga exemplo da Bolívia e rompa relações diplomáticas com Israel

No ataque de terça-feira ao campo de refugiados de Jabalia, 50 pessoas foram mortas, segundo as autoridades palestinas, e ao menos 150 pessoas ficaram feridas. Israel confirmou que estava por trás do ataque, dizendo que tinha como alvo um comandante de alto escalão do Hamas cuja presença foi rejeitada pelo grupo. O atentado provocou indignação em todo o mundo árabe e foi condenado por organizações humanitárias. >>> Lula faz apelo direto a Israel: “Pelo amor de Deus, parem os ataques!”

O ataque de terça-feira ocorreu no sudeste do campo e o desta quarta-feira atingiu o noroeste. Jabalia é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza. Este campo cobre uma área de apenas 1,4 km². Segundo a ONU, existem cerca de 116 mil refugiados registados no campo. Há no local também três escolas geridas pela ONU, que foram convertidas em abrigos para centenas de famílias deslocadas. Segundo a ONU, o campo sofre de superlotação.

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