Inscrições para candidatos às Eleições dos Conselhos Tutelares começam nesta segunda-feira
Sandro Gomes, presidente da comissão eleitoral, informa que o processo eleitoral sofreu algumas modificações conforme a orientação nacional. Entre estas modificações ele citou que o processo municipal se dará de forma unificada em todo o país. “De acordo com as orientações das entidades que trabalham em defesa dos direitos da criança e do adolescente”, destaca.
Outra orientação é que, ao invés de três anos, o mandato dos conselheiros passará para quatro anos. À exemplo das eleições passadas, os candidatos se submeterão a uma prova escrita, numa data a ser definida, para testar seus conhecimentos acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Federal 8.069/1990 e Lei Municipal 11.407/2008.
Antes da prova eles passarão, obrigatoriamente, por um curso de capacitação oferecido pelo CMDCA, com o objetivo de nivelar os seus conhecimentos, além de validar a aprovação na prova escrita. “Além do compromisso com a questão da criança e do adolescente, o candidato tem que mostrar capacidade frente às mudanças ocorridas na rede de assistência nos últimos anos. A prova deve ter no mínimo, a nota seis”, alertou.
Sandro considera as eleições dos conselhos tutelares um momento ímpar, “A população tem a chance de escolher os conselheiros que atuarão nos Conselhos Tutelares, atendendo e dando encaminhamentos a situações que envolvem crianças e adolescentes dos seus municípios”, declarou.
Na opinião do presidente da Comissão Eleitoral, cabe às entidades, representantes da sociedade civil organizada, contribuir com o processo de fiscalização, bem como estar atenta para a qualificação dos candidatos que participarão do pleito. “A qualidade do serviço prestado nos Conselhos Tutelares depende muito da participação e escolhas dos conselheiros, por parte da população”, adverte.
Novos Conselhos – Outra novidade é que desta vez, o número de conselhos tutelares foi ampliado com a introdução de mais dois, abrangendo as Regiões do Valentina de Figueiredo e o Cristo Redentor.
“O prefeito Luciano Cartaxo tem se empenhado em seguir a orientação nacional e desta vez criou mais dois conselhos, o que irá favorecer a duas importantes áreas da cidade, beneficiando um número considerável da população”, destacou.
Conselho Tutelar – O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente definidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os conselheiros são eleitos pela escolha direta da população amparada por lei, para um mandato de 4 anos. Em João Pessoa existem agora sete conselhos tutelares, subdivididos por Regiões: Norte, Sul, Sudeste, Mangabeira, Praia, Valentina e Cristo, que devem funcionar diuturnamente à serviço da população, para atender qualquer tipo de violação dos direitos da criança e do adolescente.
Para se inscrever, o candidato precisa:
– Ser maior de 21 anos;
– Possuir reconhecida idoneidade moral.
– Residência de no mínimo dois anos e domicílio eleitoral no município de João Pessoa.
– Estar no gozo de seus direitos políticos.
– Possuir ensino médio completo.
– Não haver exercido o mandato de Conselheiro Tutelar nos últimos três anos em João Pessoa, salvo nos casos de recondução;
– Apresentar certificação de participação em pelo menos uma Conferência Municipal da Criança e do Adolescente;
– Comprovar experiência mínima de dois anos na área de defesa ou atendimento com crianças ou adolescentes, confirmada através de documento fornecido por instituição pública ou privada registrada no CMDCA-JP.
Reunião – Nesta segunda-feira, além do início das inscrições, haverá uma reunião no Tribunal Regional Eleitoral – TRE, às 16h, cuja pauta irá definir uma parceria entre o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e o TRE, com vistas ao processo eleitoral.
A reunião contará com a presença da secretaria do Desenvolvimento Social, Marta Moura, representante do CMDCA e do Conselho da Comissão Nacional (CONANDA), do Ministério Público e da Comissão Eleitoral. “ Iremos propor uma parceria com o TRE , órgão que tem o real conhecimento do processo eleitoral da cidade, para desenvolvermos um trabalho em conjunto, desde a organização, logística e fiscalização”, disse Sandro Gomes.
Secom-JP