Incêndios florestais na Grécia deixam pelo menos 74 mortos e 187 feridos
O número de vítimas mortais causadas pelos incêndios devastadores que assolaram o litoral situado a nordeste de Atenas, a capital da Grécia, subiu para 74, enquanto os feridos são 187, segundo as últimas informações oferecidas nesta terça-feira pelo corpo de bombeiros do país.
De acordo com a porta-voz do serviço dos bombeiros, Stavrula Mallidi, todas as vítimas foram encontradas na cidade de Mati, que fica cerca de 30 quilômetros a nordeste de Atenas.
Entre os 187 feridos, 23 são menores de idade, acrescentou a fonte.
Além disso, os primeiros 47 corpos foram transferidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Sjistó, próximo a Atenas, para sua identificação.
As autoridades não descartam que o número de vítimas ainda possa aumentar, já que há dezenas de imóveis incendiados aos quais os bombeiros não conseguiram ter acesso por causa das altas temperaturas em seu interior.
A maioria das vítimas morreu dentro de suas casas ou em seus veículos, que se transformaram em um “campo de fogo” devido à rápida propagação das chamas.
Um dos momentos mais dramáticos do dia foi a descoberta de um grupo de 24 pessoas, entre elas várias crianças, carbonizadas e abraçadas umas às outras em um descampado situado entre dois complexos de casas na pequena cidade de Mati.
Muitas pessoas conseguiram se salvar lançando-se ao mar em botes e embarcações. Mais de 700 pessoas foram resgatadas pela guarda costeira nas praias próximas do porto de Rafina, e 19 diretamente no mar, enquanto outras, por outro lado, morreram afogadas quando tentavam fugir do fogo.
O governo ofereceu um primeiro pacote de ajuda imediata de 20 milhões de euros procedentes do Programa de Investimento Público, para cobrir a necessidade dos atingidos nas áreas mais afetadas pelos incêndios.
Apesar da ajuda internacional e da mobilização de centenas de bombeiros e de vários veículos terrestres e aéreos, os dois grandes focos que assolam desde ontem a região de Ática, que engloba a capital, ainda não foram apagados.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras declarou três dias de luto e prometeu que “ninguém ficará sem ajuda” e que está utilizando todos os meios disponíveis para enfrentar esta situação de emergência.
EFE