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Imagens aéreas mostram rastro de destruição na Flórida após passagem do furacão Michael

  • floridaÁrea de Mexico Beach, na Flórida, antes e depois da passagem do furacão Michael

Imagens aéreas publicadas nesta sexta (12) pela NOAA, agência de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, mostram a destruição provocada pelo furacão Michael, que passou na quarta (10) pela Flórida.

O número de mortos confirmados pelas autoridades norte-americanas aumentou também nesta sexta de 11 para 13. Quatro foram na Flórida, as outras mortes foram em Virgínia, na Carolina do Norte e na Geórgia, outros estados por onde o furacão passou.

As duas mortes mais recentemente divulgadas aconteceram na quinta (11), quando um veículo com duas pessoas se chocou contra uma árvore caída em uma estrada do condado de McDowell, na Carolina do Norte.

As autoridades temem que o número de vítimas continue crescendo. “É esperado que o balanço geral aumente entre hoje e amanhã à medida que avancemos pelos escombros”, disse à CNN Brock Long, chefe da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA).
Gerald Herbert/AP

12.out.18 – Destruição causada pela passagem do furacão Michael, em Mexico Beach, Florida

Na mesma linha, o senador republicano pela Flórida Marco Rubio disse que sua “sensação é a de que se encontrarão mais vítimas”.

Cerca de 2.000 efetivos da Guarda Nacional da Flórida continuavam trabalhando nas operações de recuperação, aos quais se somaram 3.000 membros de FEMA.

O olho do furacão Michael tocou a terra na quarta-feira (10) perto de Mexico Beach, uma cidade 30 km a sudeste de Cidade do Panamá, como um furacão de categoria 4 (de um máximo de 5 na escala Saffir-Simpson), de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC).

Mark Walheiser/Getty Images/AFP

Mais tarde, Michael tornou-se uma tempestade tropical e nesta sexta mudou de rumo para o oceano Atlântico, a leste de Norfolk, na Virgínia, de acordo com o NHC.

Segundo as autoridades, mais de 1 milhão de residências e empresas estavam sem energia, 350 mil delas na Flórida, 500 mil na Carolina do Norte e mais 500 mil na Virgínia.

O presidente Donald Trump prometeu ajuda às vítimas. “Nossos corações estão com as milhares de pessoas que sofreram danos materiais, em muitos casos a destruição foi total”, disse o presidente. “Não vamos descansar ou hesitar até que o trabalho esteja concluído e a recuperação esteja completa.”

Casas flutuando

Os ventos de 250 km por hora arrancaram várias casas de suas fundações em Mexico Beach, que tem cerca de mil habitantes, deixando placas de concreto expostas.

As estradas se encontram intransitáveis, e os canais, tomados pelos escombros.

Um morador de Mexico Beach descreveu o impacto das fortes marés causadas pelo ciclone à CNN: “Quando a água entrou, as casas começam a flutuar”, contou o homem identificado apenas como Scott.

“Não há mais nada aqui. Nossa vida se foi, todas as lojas, todos os restaurantes, tudo, é difícil de entender”, lamentou.

As imagens mostram barcos jogados nos pátios e ruas que foram tomadas por árvores e linhas de energia arrancadas.

Gerald Herbert/AP

A vizinha Cidade do Panamá também parecia um cenário de guerra.
Lá, Margaret Decambre, de 48 anos, viu a tempestade passar em seu apartamento no quarto andar. “O vento era tão forte que empurrava a água pelas janelas e portas”, contou.
“É uma devastação total. Não há energia, não há água, não há comunicação”, acrescentou.
O governador da Flórida, Rick Scott, chamou a situação de “devastação impensável” e disse que a prioridade era procurar sobreviventes entre as pessoas não evacuadas.
“Estou muito preocupado com nossos cidadãos que não foram evacuados e espero que não tenhamos muitas perdas de vidas”, disse ele à ABC.
O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, informou que uma centena de pessoas foram resgatadas e muitas outras foram evacuadas devido às inundações no estado.

Fúria histórica

A rapidez com que a tempestade se formou e cresceu surpreendeu especialistas e pegou os moradores desprevenidos. O chefe da FEMA, Brock Long, descreveu Michael como o furacão mais intenso a atingir a área desde 1851.

Ken Graham, diretor do NHC, havia avisado: “Infelizmente, esta é uma situação histórica, incrivelmente perigosa e com risco para a vida”.

No ano passado, uma catastrófica série de furacões atingiu o Atlântico Ocidental. Os mais devastadores foram Harvey, no Texas, Irma, no Caribe e na Flórida, e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.

A temporada de furacões do Atlântico termina em 30 de novembro.

(com AFP)

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