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Guga recebe prêmio Adhemar Ferreira da Silva, chora e é ovacionado

Guga se emocionaGustavo Kuerten não cansa de se emocionar com as homenagens que recebe. E não são poucas. Mas nesta terça-feira, no Prêmio Brasil Olímpico, o ex-tenista e tricampeão de Roland Garros foi às lágrimas e se emocionou muito ao receber o Prêmio Adhemar Ferreira da Silva das mãos do vencedor do ano passado, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, em cerimônia no Rio de Janeiro.

– Muito bom, esporte é demais! Queria iniciar dizendo que vendo vocês aqui, conhecendo mais da história de alguns e todas essas conquistas, hoje é o dia de 2015 que senti mais orgulho de ser brasileiro, de estar aqui perto de vocês. Acho que o esporte tem essa capacidade de envolver a gente, emocionar, sou um apaixonado. Sete, oito anos, lembro muito claramente daquela imagem do Joaquim Cruz já ganhando o ouro, geração de prata, e sonhei um dia participar de uma Olimpíada e de chegar até lá. Vivi esse sonho em Sidney, Atenas, e me considero um campeão olímpico por ter ido até lá defender meu país junto com tantos atletas que admirava (…). Muito obrigado por estar aqui hoje. O esporte, para o brasileiro, precisa ir além do resultado. A gente fica muito marcado ainda por ganhar, mas para o esporte é muito pouco, esporte serve para a vida, esporte é educação. O esporte é muito – afirmou Guga.

O mundo se rendeu em junho de 1997 ao talento de Guga, na época, um jovem de 20 anos, com estilo de surfista, que fez do saibro sagrado de Roland Garros a sua onda predileta. Foi no tradicional Grand Slam que o catarinense viveu momentos áureos de sua trajetória e  se transformou em um ídolo nacional. Ao longo da carreira, ele conquistou mais de 20 troféus de torneios de simples, entre eles os três títulos do Grand Slam francês (1997, 2000 e 2001), cinco Masters Series e o Masters Cup de 2000, onde derrotou Pete Sampras e Andre Agassi, um feito inédito, que o deixou na liderança do ranking mundial por 43 semanas. Ele ainda oito títulos de duplas em sua coleção.

– Lembro que no ano de 2000 recebi o prêmio aqui de melhor atleta e já estava treinando, minha avó que veio receber por mim. Queria agradecer porque nesses momentos a gente vê um filme da vida, vê toda a família, e quase todas as pessoas que passaram aos nossos olhos a gente tem que agradecer. É o Larri, minha mãe, o pai que me deu uma raquete de tênis, e hoje queria deixar um beijo especial para ela (avó) que veio receber o prêmio, um prêmio importante – disse Guga.

São 358 vitórias na carreira em simples. Hoje, aos  39 anos, Guga é apontado por muitos como o melhor tenista da América do Sul de todos os tempos. Homenageado este ano pelo COB, Kuerten foi eleito o Atleta do Ano no Prêmio Brasil Olímpico de 1999, 2000 e 2001. Ele se aposentou em 2008 após uma lesão no quadril e fez uma emocionante despedida em um jogo do Brasil Open. Em 2012, ele entrou para o Hall da Fama Internacional do Tênis, onde está ao lado de Maria Esther Bueno, outra atleta que marcou a história do esporte nacional.

Guga recebeu também uma série de homenagens por suas ações sociais, como o prêmio de “Jogador Humanitário” (Arthur Ashe Humanitarian), concedido pela Associação de Tenistas Profissionais, em 2003, por suas ações realizadas fora da quadra. Também foi premiado pela UNESCO, em 2001, com o prêmio de Juventude e Civilização, por seu trabalho fora de quadra. Em 2010, Guga recebeu a Cruz do Mérito Desportivo, maior condecoração concedida aos atletas brasileiros e o troféu Philippe Chatrier, honraria máxima a um tenista, entregue pela Federação de Tênis Internacional (ITF), durante uma cerimônia em Paris.
 
Em 2000, Gustavo Kuerten fundou o Instituto Guga Kuerten, uma associação que ajuda pessoas com deficiência usando o esporte como um instrumento de inclusão social. O trabalho já beneficiou mais de 62 mil pessoas em Santa Catarina.

TROFÉU ADHEMAR FERREIRA DA SILVA

Criado em 2001, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva tem como objetivo homenagear atletas e ex-atletas que representem os valores que marcaram a carreira e a vida de Adhemar, bicampeão olímpico no salto triplo, tais como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

HOMENAGEADOS ATÉ HOJE

2001 – Nelson Prudêncio (Atletismo)
2002 – João Gonçalves Filho (Natação e Polo Aquático)
2003 – Amaury Antonio Pasos (Basquete)
2004 – Maria Lenk (Natação)
2005 – Agberto Guimarães (Atletismo)
2006 – Aída dos Santos (Atletismo)
2007 – André Gustavo Richer (Remo)
2008 – João Havelange (Natação e Polo Aquático)
2009 – Joaquim Cruz (Atletismo)
2010 – Eder Jofre (Boxe)
2011 – Bernard Rajzman (Vôlei)
2012 – Hortência (Basquete)
2013 – Torben Grael (Vela)
2014 – Vanderlei Cordeiro de Lima (Atletismo)
2015 – Gustavo Kuerten (Tênis)

GE

Redação DiárioPB

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