SEGURANÇA

Grupos de ‘justiceiros’ se organizam em Copacabana para combater onda de roubos

Aumento da violência no bairro motivou a formação de grupos que planejam 'caçar' suspeitos de roubo, gerando preocupações quanto à segurança e à legalidade das ações

Com o recente aumento dos índices de violência em Copacabana, ressurgiram na região grupos autointitulados “justiceiros”, os quais, por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, organizam estratégias para perseguir quem comete roubos no bairro.Os membros desses grupos, divididos em pelotões, planejam “caçar” os suspeitos de roubo, empregando táticas agressivas e, em alguns casos, armadas.

De acordo com reportagem do G1, eles discutem o uso de soco-inglês, pedaços de pau e até mesmo uma suposta “retaguarda de peça”, referindo-se a indivíduos armados que dariam cobertura durante os ataques.

Além disso, para evitar serem identificados, planejam usar roupas pretas, esconder tatuagens e até mesmo usar “máscaras de covid” para cobrir o rosto durante as ações. As discussões revelam intenções de aplicar “lições” nos suspeitos, como amarrá-los em postes como exemplo.

Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), mostram um incremento considerável nos registros de roubos e furtos na área. Entre janeiro e outubro de 2022 e 2023, Copacabana teve aumentos significativos nos casos de furto a transeunte (56,3%), roubo de celular (47%) e furto de celular (34,9%), entre outros indicadores alarmantes.

Em um ano, os furtos registrados subiram 23%, passando de 3.978 para 4.914 ocorrências. Os roubos também cresceram, passando de 760 para 951 casos, representando um aumento de 25%.

DiarioPB com Brasil 247

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