No documento, ao qual o GLOBO teve acesso, a pasta admite que a vacinação é necessária para a retomada econômica e defende ampliar o rol de imunizantes disponíveis para reduzir os números da pandemia no Brasil.
O discurso vem na contramão do que era defendido pelo governo federal ao longo de 2020, com a defesa do tratamento precoce — com medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19. Além disso, houve recusas e sucessivos atrasos nas assinaturas de contratos para adquirir vacinas, como no caso da Coronavac, por meio do Instituto Butantan, e da Comirnaty, desenvolvida pela Pfizer.
“Está claro que a maneira mais efetiva para minimizar riscos atuais e futuros de aumento na taxa de transmissão do vírus e para a retomada sustentada das atividades econômicas se dará através de uma rápida expansão da cobertura vacinal. É nesse contexto que o Ministério da Saúde objetiva firmar parceria com o Banco Mundial para o enfrentamento da pandemia no Brasil”, diz a carta, enviada em 18 de junho.
Os recursos devem abastecer a pasta ao longo de dois anos e podem incluir gastos já orçados pelo governo, além de financiar despesas futuras.
“Do total de 660 milhões de vacinas contratadas, 135 milhões já foram recebidos ou são esperados até o final de junho. Outros 176 milhões de doses são esperadas para o terceiro trimestre, enquanto 310 milhões de doses são esperadas entre outubro e dezembro”, diz o documento.
O presidente Jair Bolsonaro minimizou a pandemia em diversas ocasiões e chegou a colocar em xeque a eficácia das vacinas, sobretudo a Coronavac. Numa das declarações, disse que quem tomasse a vacina poderia virar jacaré. Atualmente, a escassez de imunizantes tem levado à baixa cobertura vacinal, diante da terceira onda de casos e da detecção de novas variantes.
Fonte: extra.globo.com/
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