GERAL

Gilmar Mendes: prisão de Lula só ocorreu porque Lava Jato destruiu sistema político

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes critica as arbitrariedades da Lava Jato e considera que a destruição do sistema político, causado pela Operação, viabilizou a prisão do ex-presidente Lula, que encontra-se preso político desde abril de 2018. “Deu-se poder para gente muito chinfrim, mequetrefe”, dispara o ministro. Ele também condenou o que chamou de “um conúbio espúrio entre a imprensa e a Lava Jato”. Mendes condedeu entrevista aos  jornalistas Carla Gimenez e Regiane Oliveira, divulgada no site do El País nesta terça-feira (29).

“Eu acho que a prisão do Lula só é viável num contexto de total destruição político, e é isso que a Lava Jato conseguiu. Nada foi mais delirante que aquele episódio do Joesley [Batista], onde o [procurador Rodrigo] Janot chega a dizer que iria investigar ministros do Supremo. O STF permaneceu intacto, mas o sistema num todo foi levado de roldão. O STJ foi levado de roldão. De fato, se deu poder para gente muito chinfrim, muito ruim, mequetrefe do ponto de vista moral e do ponto de vista intelectual. Foi essa a combinação que produziu a mídia e esse empoderamento [do MPF], declarou Mendes.

Ele também considera que existe um “lavajatismo da imprensa”. “Eu acabei de dar uma entrevista à Rede Globo e eles me perguntaram: “O senhor não acha que causou esses ataques que sofreu na rua?”. Eu disse não, não fui eu que causei, vocês causaram. Vocês são os autores. Eu dialogo com a Globo desde o ano passado. Disse até, em tom de brincadeira, ao Ali Kamel: “Se minha mulher ficar viúva, é capaz que ela mova uma ação contra vocês, porque vocês estão causando isto”, disse.

Brasil 247

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo