França busca superar seus fantasmas alemães
As duas melhores seleções da Eurocopa, apontadas assim por muita gente antes do início do torneio, estarão frente a frente nesta quinta-feira. Pelas semifinais, a anfitriã França e a Alemanha vão se enfrentar no Vélodrome, em Marselha, para definir o adversário de Portugal na final de domingo.
Há muito em jogo para ambos os lados, principalmente para os donos da casa. Primeiro, pelo fato de representarem toda a nação francesa, que comemorou um título pela última vez há 16 anos, na Euro de 2000. Segundo, pela chance de poder quebrar um incômodo tabu e superar os fantasmas alemães
As duas seleções se enfrentam pela primeira vez na história das Eurocopas, mas já se cruzaram quatro vezes em Copas do Mundo. Os Bleus venceram apenas a primeira, em 1958, na disputa do terceiro lugar (6 a 3). Depois, perderam nos pênaltis na semifinal de 1982 (5 a 4, após empate em 3 a 3), na semifinal de 1986 (2 a 0) e nas quartas de final de 2014 (1 a 0).
– Ninguém pode mudar a história, mas há novos capítulos a serem escritos. Essas páginas estão em branco e temos que preenchê-las amanhã. O que importa é o que vai acontecer amanhã. Acredito no meu time, precisamos da torcida. Sabemos da força do adversário, que ainda é o melhor time do mundo. Mas vamos com tudo – disse o técnico Didier Deschamps.
Para a Alemanha, campeã da última Copa do Mundo, é uma oportunidade e tanto de se confirmar como grande força do futebol mundial na atualidade. Mais um título importante em sequência servirá para premiar uma geração que de 2004 a 2013 batalhou bastante na mudança de mentalidade, mas não foi recompensada com as conquistas. O trabalho tem valido a pena.
O jogo marca o encontro entre o melhor ataque da Euro, com 11 gols em cinco jogos, contra a melhor defesa, que levou apenas um gol nas mesmas cinco partidas. A grande esperança francesa é o trio de ataque formado pelo artilheiro Griezmann, que tem quatro gols, além de Payet e Giroud, vice-artilheiros com três. O técnico Deschamps ainda vai poder contar com o time completo, sem qualquer desfalque.
A Alemanha, por sua vez, tem os desfalques importantes de Hummels (suspenso), Mario Gómez e Khedira (lesionados), o que deu certo trabalho a Joachim Löw para remontar o time. Schweinsteiger, recuperado de dores no joelho, foi confirmado pelo técnico. Os detaques do time são o goleiro Neuer, herói na decisão por pênaltis contra a Itália, e o meio-campista Kroos, cérebro do time. O meia-atacante Müller ainda não marcou e está devendo.
E o cruzamento da Alemanha com a seleção anfitriã rapidamente trouxe de volta à tona o 7 a 1 da Copa de 2014, quando os germânicos humilharam o Brasil na semifinal. Mas eles próprios trataram de descartar a repetição do placar.
– Não tem muito o que tirar daquele jogo. Nossos jogadores estão acostumados a sentir pressão. Os brasileiros ficaram chocados porque levaram três ou quatro gols em poucos minutos. Acho que uma semifinal daquela não vai acontecer a cada dois anos. E a França é muito mais sólida na defesa do que os brasileiros eram dois anos atrás – afirmou Joachim Löw.
A expectativa para esta quinta é de jogo equilibrado e decidido no detalhe, com muita qualidade técnica em campo. Pelo que mostraram até aqui, as duas seleções são merecedoras de estarem nas semifinais. Vamos descobrir o adversário de Portugal na final a partir das 16h. Fique ligado!
Prováveis escalações:
França: Lloris, Sagna, Rami, Koscielny e Evra; Kanté (Sissoko), Matuidi e Pogba; Payet, Griezmann e Giroud. Técnico: Joachim Löw.
Alemanha: Neuer, Kimmich, Boateng, Höwedes e Hector; Schweinsteiger, Kroos e Özil; Draxler, Müller e Götze. Técnico: Didier Deschamps.
GE