Fórum do Forró se reúne com Funjope e apresenta carta de intenções
Cerca de 20 forrozeiros, reuniram-se nesta segunda (19), por volta do meio dia, com a Fundação de João Pessoa (Funjope), para apresentar a carta de intenções aprovada em novembro de 2017, com o objetivo de fomentar a organização e consolidação dos grupos de forró da capital.
Na reunião, foi pedido a ampliação do projeto Forró na Feira, em formato semanal, que já acontece de forma insipiente e não representa a classe. Foi pedido ainda pelo Fórum, uma proposta de cachê que represente a quantidade de integrante de cada grupo.
Joana Silva, mobilizadora do fórum, ressaltou a importância de permanente diálogo com a fundação e clamou por um coordenador específico para sistematizar as documentações dos forrozeiros. “Até agora, não temos um cadastro de forrozeiro pela Funjope. Precisamos de ações de profissionalização sejam elas de capacitação, cursos, palestras a fim de qualificar essa cadeia produtiva e assim garantir a documentação necessária para contratação de artistas”,
Jonildo Cavalcanti, diretor adjunto da fundação, disse que levaria as intenções ao presidente da Funjope, ao diretor financeiro e jurídico para ver a viabilidade de implementação do projeto. “A princípio, o gargalo de contratação é devido a alguns grupos não terem a capacidade de apresentar a documentação exigida em lei. São dois grupos, os já consagrados e os novos artistas que serão devidamente encontrados uma solução para contratação”, ressaltou.
No decorrer da reunião, segundo Sandoval Nóbrega, diretor de ação cultural, disse não ser possível atender a proposta de cachê apresentada por quantidade de participantes dos grupos devido a disposição da Lei 8.666. Ainda destacou a viabilidade de realizar um edital específico para contratação de novos grupos de forró.
“Em relação a burocracia, não podemos tirar a exigência do mérito cultural. Porém, poderemos viabilizar um edital para viabilizar novos grupos que são restringidos, muitas vezes substituindo assim a notoriedade na hora da contratação e assim democratizando o acesso”, disse, o diretor de ação cultural.
Vale lembrar que em novembro de 2017, foi realizado o Encontro Nacional de Forrozeiros, além de audiência pública do senado federal, presidida por Fátima Bezerra (PT – RN), no qual, foi discutido o registro do Forró enquanto patrimônio imaterial. Realizado na sala de concertos José Siqueira, compareceram ao evento cerca de 100 pessoas, entre gestores, produtores culturais e autoridades.
Por fim, foi apresentada uma proposta de reunião para as próximas semanas a fim de apresentar a contrapartida da Fundação.