Força do punho ajuda a prever chance de ataque cardíaco e derrame, diz estudo
Uma pesquisa com mais de 140 mil pessoas de 14 países, publicado na revista científica Lancet, sugere que a força do punho é um indicador melhor que a medição da pressão sanguínea para se prever o risco dessas doenças.
Segundo pesquisadores canadenses, esse seria um método “simples e barato” de ser implementado.
A força de se pressionar algo com a mão, naturalmente, vai sendo reduzida no decorrer dos anos. Mas aqueles cuja a força cai muito rapidamente têm um risco maior de se ter problemas de saúde.
As mulheres nos seus 20 anos, por exemplo, conseguem exercer uma força do punho equivalente a 34 quilos – algo que cai para 24 quilos quando elas atingem os 70 anos. Para homens nas mesmas faixas etárias, esse número cai de 54 quilos para 38 quilos.
O estudo mostrou que a cada 5 quilos de força reduzido na força do punho se aumenta em 17% em problemas de coração e 9% a de derrame.
Mais precisão?
Os médicos atualmente calculam a propensão a essas doenças a partir de informações fornecidas pelo paciente, como histórico familiar de doenças, se são fumantes, sedentários, além de dados como peso e níveis de colesterol e pressão.
No entanto, para os os pesquisadores, a força do punho é um indicador muito mais preciso do que a pressão sanguínea.
“A força do punho pode ser um teste fácil e barato para testar o risco de os pacientes de terem doenças cardiovasculares”, afirma Darryl Leong, um dos pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, que conduziu o estudo.
“Mas ainda são necessárias mais pesquisas para se estabelecer se exercícios para melhorar a força muscular podem reduzir o risco desses problemas.”
Doirean Maddock, da Fundação British Heart, disse que a pesquisa “é bastante interessante, mas que ainda é preciso se fazer mais estudos para se determinar a ligação entre a força do punho e as doenças cardiovasculares”.
O que se sabe até o momento é que o endurecimento das artérias acabam reduzindo a força muscular.
BBC Brasil