Folheto sobre líder revolucionário ganha Prêmio Zé da Luz de Cordel em edital da Secult/Itabaiana
O folheto “Chico Veneno, o homem que intoxicou a burguesia”, do cordelista Fábio Mozart, ganhou o Prêmio Zé da Lua de Literatura de Cordel da Secretaria de Cultura de Itabaiana (PB). O edital foi lançado em outubro de 2020 e publicou os projetos escolhidos no início de dezembro. Além de Fábio Mozart, o cordelista Orlando Otávio também foi contemplado com o Prêmio Zé da Luz. O próprio edital levou o nome de Chico Veneno, selecionando e premiando propostas de atividades artísticas em diversos setores, em atendimento ao disposto na Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020).
“A cultura poética popular nordestina e a escrita ideológica ganham mais um registro na Paraíba, com o lançamento do folheto “Chico Veneno, o homem que intoxicou a burguesia”. Minha escrita cordelesca tem, de certa forma, um compromisso com a descrição das lutas populares em minha terra, como na versificação da vida de Biu Pacatuba, “um herói do povo paraibano”, líder camponês de Sapé, obra ganhadora do Prêmio Patativa do Assaré do Ministério da Cultura. No cordel “Chico Veneno, o homem que intoxicou a burguesia” se faz presente o discurso ideológico como ingrediente natural, numa perspectiva histórica, denunciando as mazelas do regime autoritário de 64 e os caminhos de Francisco Almeida na arte, no jornalismo e no combate político”, disse Fábio Mozart.
Para Socorro Almeida, Secretária de Cultura de Itabaiana, a escolha pelo nome deste edital, justifica-se pela atuação e militância de Chico Veneno, em prol da cultura do munícipio. “Durante oa anos de chumbo da ditadura civil-militar, ele se destacou na imprensa local, por meio do Jornal “Evolução” o qual combatia os abusos cometidos neste período, e foi um cineasta pioneiro com filmes de conteúdo social”, afirmou Socorro.
Tribuna do Vale