Fernando Cunha Lima é indiciado por estupro de vulnerável em segundo inquérito
O pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, foi indiciado em um segundo inquérito por estupro de vulnerável contra duas crianças, um menino e uma menina, conforme confirmado pela Polícia Civil da Paraíba nesta terça-feira (11). Além dos menores, duas sobrinhas do médico também prestaram depoimento como declarantes, mas os crimes contra elas estão prescritos.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude e encaminhado à Justiça. A delegada Andrea Lima confirmou que, no primeiro inquérito, também foram ouvidas outras duas sobrinhas nas mesmas condições. As investigações apontam que os crimes ocorreram em consultórios onde o médico atuava.
Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 14 de agosto, a Polícia Civil confirmou o indiciamento de Fernando Cunha Lima por estupro de vulnerável no primeiro inquérito, que já resultou em denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O órgão solicitou a condenação do pediatra por quatro crimes de abuso sexual contra três crianças, já que uma das vítimas foi abusada duas vezes. A pena pode alcançar até 60 anos de prisão, além do pedido de prisão preventiva do acusado.
A primeira denúncia formal contra o médico foi registrada em 25 de julho. A mãe de um dos menores afirmou ter presenciado o médico tocando as partes íntimas de seu filho durante uma consulta. Desde então, novas acusações surgiram, incluindo de uma sobrinha que alegou ter sido abusada pelo médico aos 9 anos, em 1991.
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) instaurou uma sindicância e suspendeu temporariamente o registro profissional do pediatra. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde ele exercia funções de diretoria, também o afastou de suas atividades.