FAO pede US$ 1 bilhão para combater fome em 26 países
Os conflitos e os desastres naturais fizeram aumentar as necessidades humanitárias em 2018, razão pela qual a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) pede US$ 1,06 bilhão para assistir 26 países.
A agência solicitou em um comunicado que os doadores renovem seu apoio financeiro este ano e permitam o financiamento de ações para ajudar mais de 40 milhões de pessoas que dependem da agricultura de subsistência nesses países.
Concretamente, se pretende restaurar rapidamente a produção local de alimentos e melhorar a nutrição com o fornecimento de sementes e outros insumos agrícolas, proteger o gado, melhorar a gestão dos recursos como a terra e a água, e distribuir dinheiro para que as famílias possam comprar alimentos de forma imediata.
As últimas estatísticas da ONU assinalam que a fome aumentou no mundo, até afetar 815 milhões de pessoas, principalmente pela intensificação da violência e da mudança climática.
O diretor de Emergências da FAO, Dominique Burgeon, assegurou que em 2017 a rápida resposta humanitária permitiu salvar milhões de vidas, mas outros tantos milhões de pessoas “seguem estando no limite da inanição”.
Burgeon acrescentou que a recuperação da agricultura é “fundamental” para combater a fome e “abrir uma via para a resiliência em meio a crises humanitárias”.
Entre os países com maior insegurança alimentar aparecem o Iêmen, com mais de 14 milhões de pessoas em crise ou emergência; a Síria, com sete milhões passando fome de forma severa; a República Democrática do Congo, com seis milhões; e o Sudão do Sul e a Somália, ambos com cinco milhões nessa mesma situação.
No ano passado a fome assolou algumas regiões do Sudão do Sul, embora tenha sido contida a tempo, e representou uma ameaça séria no Iêmen, na Síria e no nordeste da Nigéria.
Além dos conflitos e outros surtos de violência, vários furacões causaram graves danos no Caribe, enquanto que na África a seca e a praga da lagarta acabaram com grandes cultivos de produtos básicos, como o milho.
EFE