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“Excluídos” encerrarão desfile da Independência cobrando direitos
Movimentos sociais, sindicatos e organizações não governamentais participam do Grito dos Excluídos, nesta quinta-feira (7), com concentração a partir das 9h, em frente à Igreja Batista de João Pessoa, no Centro.
Com o tema “Por direitos e democracia a luta é todo dia”, o evento chega à sua 23ª edição, em um ano considerado pelos movimentos sociais como crucial para os brasileiros, diante das reformas trabalhista e da previdência. Consideradas pelos movimentos sociais como “contrarreformas”, elas precarizam as relações entre patrão e empregador, assim como deverão impedir milhões brasileiros de ter o direito à aposentadoria digna.
O Grito dos Excluídos acontece anualmente, normalmente no dia 7 de setembro. Este ano, ele estará integrado ao desfile oficial do Governo do Estado. Entre suas bandeiras, estão o combate aos retrocessos impostos aos pobres, aos índios, às mulheres e a todos os grupos excluídos.
A manifestação deverá denunciar o fim dos direitos trabalhistas e da previdência pública, os cortes nos investimentos em educação, saúde e no bolsa família, bem como o ataque à soberania brasileira, por parte do Governo Federal.
“Algo novo há de surgir das lutas populares, das manifestações da juventude, dos/as trabalhadores/as organizados, dos/as excluídos/as, da Economia Popular Solidária, da Agroecologia, entre tantas outras formas de bem-viver. Precisamos de um novo projeto de país onde o poder seja do povo e possamos decidir os rumos dessa terra e que proclame a vida em primeiro lugar”, diz o texto do panfleto que está sendo distribuído pelos organizadores.
Para o integrante da Frente Brasil Popular, Marcos Freitas, que está contribuindo na organização do evento, o Grito desse ano é muito importante devido à conjuntura de retrocessos que podem excluir o povo brasileiro de seu futuro.
“Se as medidas que estão sendo implementadas pelo governo federal se concretizarem, irão excluir o povo brasileiro de sua soberania, os aposentados de sua aposentadoria e os trabalhadores de seus direitos. Alguns exemplos são a liberação da área da Amazônia para exploração de minério e para que as tropas dos EUA realizem treinamentos na selva brasileira, essas são algumas afrontas à soberania brasileira. Entendemos que precisamos gritar porque estamos sendo excluídos do nosso futuro. E para não sermos excluídos do nosso futuro temos que organizar e gritar. Todo dia!,” comentou Freitas.
DPB com Asessoria