Ex-presidente da Câmara e ex-ministro, Henrique Alves, é preso pela Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira o ex-ministro e ex­-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB­/RN). A ação é um desdobramento da operação Lava-Jato, com base nas delações premiadas de vários executivos da Odebrecht.

A PF também cumpre mandado de prisão contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que já está preso em Curitiba. Nesta manhã, 80 policiais federais cumprem 33 mandados judiciais — cinco deles de prisão preventiva e seis de condução coercitiva.

Em 2015, na Operação Catilinárias, a casa de Eduardo Alves já havia recebido policiais para o cumprimento de mandado de busca a apreensão. Os investigadores apuraram crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no favorecimento de duas empreiteiras responsáveis por construir a Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte, para a Copa de 2014.

De acordo com as investigações, a obra teve um sobrepreço que pode chegar a R$ 77 milhões. Segundo a Polícia Federal, Alves e Cunha teriam recebidos propina das empreiteiras em forma de caixa dois eleitoral.

O mandado de prisão contra Alves foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Ele foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, e pediu demissão em junho de 2016 após ser citado em delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Dois anos antes, Henrique Eduardo Alves foi candidato ao governo do seu estado, Rio Grande do Norte, mas perdeu no segundo turno.

A operação desta terça foi batizada como Manus e apura atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. O nome é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.

Os alvos responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

O DIA

Redação DiárioPB

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