EUA processarão imigrantes ilegais que cruzem fronteira e separarão crianças
As autoridades judiciais dos Estados Unidos processarão todos os imigrantes que cruzarem ilegalmente a fronteira e, caso estejam acompanhados de menores, lhes separarão deles, anunciou nesta segunda-feira o procurador-geral, Jeff Sessions.
“Se você cruzar a fronteira de forma ilegal, te processaremos. É simples assim”, disse Sessions em discurso na conferência da Associação de Agências Estaduais de Investigação Criminal em Scottsdale, no estado do Arizona.
Este anúncio faz parte de uma nova iniciativa do governo do presidente Donald Trump para reduzir a imigração ilegal e que o próprio Sessions ampliará esta tarde em sua visita à fronteira com o México em San Diego (Califórnia), onde estará acompanhado do titular interino do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), Thomas D. Homan.
O Departamento de Justiça, que Sessions preside, e o Departamento de Segurança Nacional se associaram, segundo indicou, para tramitar 100% dos casos de cruzamentos fronteiriços ilegais da fronteira com o México para seu processo “imediato”.
“O Departamento de Justiça tramitará quantos casos seja humanamente possível até que cheguemos a 100% deles. Não vamos tolerar mais isto, não vamos deixar que este país seja invadido, pararemos a debandada e a anarquia”, advertiu.
Sessions foi contundente ao assinalar que, se alguém entrar no país de maneira irregular com um menor, será igualmente processado e “a criança será separada da família, como exige a lei”.
“Se não gosta isso, então não passe crianças de contrabando pela nossa fronteira”, acrescentou, sobre uma medida que procura amedrontar os imigrantes que chegam em massa e cujos números foram subindo nos últimos meses.
O número de imigrantes detidos na fronteira entre EUA e México subiu 223% em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, com o registro da detenção de 50.924 pessoas.
Neste ano fiscal (de 1º outubro de 2017 a 30 de abril de 2018), mais de 26.000 menores foram detidos na fronteira sul, dos quais quase metade procede da Guatemala (12.459), seguidos pelos de México (6.151), Honduras (4.624) e El Salvador (2.090).
Agência EFE