Estácio de Sá volta à elite do carnaval do Rio com enredo sobre os 450 anos
Após bater na trave em 2014, quando vice-campeã, a Estácio de Sá está de volta à elite do carnaval do Rio. Com uma homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, a vermelha e branca venceu a Série A nesta Quarta-Feira de Cinzas (18), quando foram divulgadas as notas na Praça da Apoteose, e desfila novamente em 2015 no Grupo Especial.
Unidos de Padre Miguel ficou em segundo e o Império Serrano, em terceiro. Duas últimas colocadas na Série A, Em Cima da Hora e Unidos de Bangu foram rebaixadas à Série B. A Viradouro, última do Grupo Especial, caiu para a Série A.
O desfile campeão
“De braços abertos, de janeiro a janeiro, Sorrio, sou o Rio, Sou Estácio de Sá” foi o samba-enredo que encerrou o segundo dia de desfiles da Série A, na Marquês de Sapucaí, na madrugada de domingo (15). A primeira escola de samba do país escolheu exaltar as belezas da Cidade Maravilhosa pelos seus 450 anos, na visão do seu fundador: Estácio de Sá.
O passeio pela história, natureza e cultura do Rio mostrou que a escola é candidata ao título do carnaval da Série A. No ano passado, ela perdeu o título para a Unidos da Viradouro por apenas cinco décimos.
Uma grande caravela trouxe o fundador da cidade, Estácio de Sá. A novidade foi a juba do leão, símbolo da escola, montada com 64 micos leões. E na roupa das baianas, a lembrança de São Sebastião, padroeiro da cidade.
Já a bateria, que veio com 315 componentes, se vestiu de Deixa Falar e levantou a avenida, que já não estava tão cheia.
Carros alegóricos representaram monumentos como o Paço Imperial, na Praça 15, local da coroação dos reis. O enredo também lembrou momentos e movimentos históricos vividos pelos moradores do Rio, como a Ditadura Militar e a Bossa Nova.
Nos esportes, foram lembrados os jogos Pan-Americanos, a Olimpíada de 2016 e o estádio do Maracanã. O susto ficou por conta de uma fumaça em um dos carros alegóricos da escola. No entanto, os bombeiros agiram rápido e não houve prejuízos para a alegoria e desenvolvimento da escola.
No último carro, a festa de comemoração do aniversário da cidade. Um carro espelhado em forma de trem provocou efeito interessante na avenida.
A comissão de frente representou a importância dos bambas da Estácio de Sá para o desenvolvimento da folia carioca. Malandros fizeram uma viagem no tempo do samba – presente, passado e futuro.
Dominguinhos do Estácio, autor e intérprete do samba-enredo, emocionou com seu grito de guerra os componentes da vermelho e branco.