Escritor divulga 1º trailer de ‘Chatô, o rei do Brasil’, em produção há 20 anos
O escritor Fernando Morais, autor do livro “Chatô, o rei do Brasil”, divulgou neste domingo (17) o primeiro trailer do filme resultado da adaptação de sua obra, dirigido pelo ator e diretor Guilherme Fontes. O filme se encontrava em produção desde a década de 1990.
Ao divulgar o trailer em seu perfil no Facebook, Fernando Morais defendeu o diretor.
“Tenho más notícias para os coleguinhas que urubuzaram o Guilherme Fontes nos últimos anos: o filme ‘Chatô, o rei do Brasil’, está pronto. Quem viu disse que é o máximo. Para quem não viu, aqui vai, com exclusividade e em primeiríssima mão (com cacófato), o trailer ainda sem finalização”, publicou, junto com o vídeo.
A obra conta a história de Assis Chateaubriand, jornalista e empresário que nos anos 1920 fundou os Diários Associados, grupo de mídia que engloba jornais, emissoras de rádio e de TV.
Processo na Justiça
O Superior Tribunal de Justiça começou a analisar em abril um processo por suposta prática de improbidade administrativa pelo diretor Guilherme Fontes, por suspeita de mau uso de recursos públicos captados para a realização do filme. O tribunal discute se ele, mesmo não fazendo parte do administração pública, pode ser processado por improbidade de forma isolada, isto é, sem que um agente público também seja acusado.
A sessão terminou sem uma decisão sobre o assunto depois que o ministro Benedito Gonçalves pediu mais tempo para analisar o caso e retomar a discussão numa data futura, ainda indefinida. Caso o STJ considere que ele pode ser processado por improbidade, o mérito da ação (parte principal) ainda seria julgada pela primeira instância da Justiça Federal.
Na sessão do STJ, a relatora do caso, ministra Marga Tessler, votou no sentido de considerar Fontes um agente público, de modo que possa responder por improbidade. O ministro Napoleão Nunes, porém, votou na direção contrária, considerando Fontes um agente particular e que só pode ser processado junto com um agente público.
A ação civil por improbidade foi movida pelo Ministério Público Federal, que alega que a empresa de Fontes recebeu R$ 51 milhões, em forma de isenção fiscal por patrocinadores, para a realização do filme, mas nunca concluiu a obra nem prestou contas sobre o dinheiro. O ator alega que a obra foi realizada e nega mau uso dos recursos.
G1