Ernesto Araújo pede demissão do cargo e vai para o lixo da História
247 – Ernesto Araújo, o pior diplomata da história do Brasil, que sabotou a compra de vacinas e colocou o Itamaraty a serviço da extrema-direita internacional, acaba de pedir demissão do cargo. Com isso, o governo de Jair Bolsonaro perde mais um de seus nomes da “ala ideológica”. A queda de Ernesto pode permitir que o Brasil volte a ter uma política externa minimamente autônoma e soberana, mesmo num governo entreguista como o de Bolsonaro.
A gota d’água para a demissão de Araújo foi seu ataque contra a senadora kátia Abreu, ao insinuar que ela e o Senado faziam lobby em favor do 5G chinês. A senadora emitiu nota demonstrando que o chanceler mentiu e é um “marginal”. O próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi obrigado a afirmar que há “uma linha que não pode ser ultrapassada”, sacramentando o isolamento de Ernesto Araújo no Senado.Uma reunião convocada por Ernesto Araújo para esta segunda-feira com toda a sua equipe foi vista como um encontro de despedidas.
Flertes com o fascismo
Durante sessão no Senado em 24 de março na qual o assessor Filipe Martins fez gesto de supremacistas brancos, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usou uma frase altamente usada durante o primeiro regime fascista da história, a Itália de Benito Mussolini.O ministro mencionou a expressão em latim “Senatus Populus que Romanus” (SPQR), que quer dizer “o Senado e o povo”. Apesar da expressão ter origem no Império Romano, não há consenso sobre seu uso expressivo durante este período. Por outro lado, durante a ditadura fascista de Mussolini, a sigla SPQR era extremamente comum, justamente porque passava a ideia central de ideologia fascista: a elite (do Senado romano) e a plebe unidas – isto é, a abolição de lutas entre classes sociais.
Pária mundial
A passagem de Araújo pelo Itamaraty foi marcada por ter levado o brasil a um isolamento sem precedentes no mundo, com o rompimento da política externa tradicional de protagonismo e não alinhamento aos blocos de poder por uma subserviência sem precedentes aos Estados Unidos, na verdade ao ex-presidente Donald Trump, e ao alinhamento do país nos fóruns globais aos segmentos fascistas e de extrema direita do mundo.