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Encontro Nacional de Forrozeiros encerrou atividades com apresentações culturais

Fotografia: Isabelle Mingareli
Fotografia: Isabelle Mingareli

Aconteceu ontem (22), no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, o último dia do Encontro Nacional de Forrozeiros. O evento contou pela manhã com a mesa redonda – “o forró como conteúdo pedagógico”, mediado pela professora Laurita Dias. Compareceram cerca de 50 pessoas, entre professores, gestores e educadores, que puderam discorrer sobre as potencialidades do forró enquanto instrumento educativo e atividades artísticas no ambiente escolar.

A professora, discorreu sobre o a relação entre forró e educação. “Esse é o momento de fortalecer o papel do forró na escola, ao refleti-lo enquanto perpetuação da memória e identidade. Trazer o saber popular, através do encantamento, que passa pelo desejo, é papel da escola junto aos jovens. Esse lugar no saber tradicional, é um trabalho de resistência e, estamos aqui, para que isso não deixar morrer essa expressividade”, falou.

Regina Negreiros, produtora cultural, tratou da transdisciplinaridade entre produção e educação, não de forma impositiva, e sim pela conquista do aluno através de metodologias inovadoras que devem ser trabalhadas na sala de aula. “Seduzir os alunos pela música é inseri-los nesse universo cultural. São elementos que devem ser apropriados pelas pessoas e assim transforma-los, por que o forró faz parte de nossa vida”, comentou.

Isabel Cristina, mestra em dança, apresentou uma plataforma de cadastro de produtores, gestores e artistas culturais, específico para o forró (https://forropatrimoniocultural.art.br/ ). Software livre para o mapeamento colaborativo e gestão da cultura forrozeira, o ‘mapa do forró’ tem “a intenção de cruzar dados e gerar um mapa interativo visibilizando profissionais e espaços culturais no país”.

Já Vinícius Pereira, integrante do grupo intitulado “Bando de Seu Pereira”, enfatizou a produção musical na realidade atual. A discussão foi pautada no conceito da música interdependente, aquela que trabalha a coletividade. Neste cenário, foi apresentado um modelo de financiamento, através do site http://biscoitodobando.com, com o intuito de unir artistas que pensam alcance e formação de público. “A ideia e acabar com a relação individual e atravessadores do artista e sim pensar um financiamento coletivo. A colaboração passa agora pelas relações digitais com forma de financiamento do projeto”, concluiu.

O evento foi encerrado com apresentação de 15 forrozeiros, na praça do povo, no Espaço Cultural.

Por: Gregório Medeiros
gregorio.neto.medeiros@gmail.com

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Fotografias: Isabelle Mingarelli

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