Em 16 anos Paraíba perde mais de 13 mil hectares de floresta
A pesquisa aponta que a perda mais significativa, nesse intervalo de 16 anos, foi entre 2010 e 2012, no qual a Paraíba perdeu 67 Km² de área de floresta. Coincidentemente, nesse mesmo último intervalo de tempo aumentaram as áreas artificiais (sistema viário, construções urbanas e rurais), áreas agrícolas, de pastagem e áreas de ocupação mista (com monocultura, silvicultura e florestas).
Em termos percentuais, a perda de área florestal na Paraíba, considerando os demais estados do Nordeste, foi de 3%. Contudo, os impactos desse número são imensuráveis, como explica a professora e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Nadjaclea Vilar, que também coordena a Comissão de Gestão Ambiental da instituição. Ela alerta que a situação é preocupante, principalmente na região de Mata Atlântica.
“As perdas, devido ao avanço da urbanização e das monoculturas exercem forte pressão nos fragmentos florestais”, explicou. Ela elencou ainda alguns impactos como a “alteração no microclima, perda de biodiversidade, fragmentação impedindo o fluxo gênico, fragmentação florestal, erosão, assoreamento dos rios e reservatórios”.
A professora lembrou ainda que entre os problemas que a população já vem passando por conta dessa perda da cobertura florestal é a questão da estiagem e pouca umidade. “Interfere diretamente na qualidade de vida, com alterações no microclima, reduz no regime pluviométrico com impacto no abastecimento público de água”, frisou a pesquisadora.
De 2000 a 2016, o Brasil perdeu 7,5% de sua vegetação florestal. De acordo com o IBGE, no ano 2000, essa área, equivalente a 4.017.505 km2, passou para 3.719.801 km2, em 2016.