Elza Soares mistura estilos musicais e tom político no Palco Sunset do Rock in Rio
São diversas as fontes que alimentam a música de Elza Soares – além da presença evidente do samba, há reggae, Rock, música eletrônica no caldeirão de ritmos musicais que, pelo menos nos tempos mais recentes, desenham sua produção.
Isso ficou evidente na tarde deste domingo (29), quando o show que ela apresentou na edição 2019 do Rock in Rio – segundo número do Palco Sunset – misturou todos esses elementos, além de muito protesto e tom político.
A apresentação começou com “Libertação”, “Menino/Brasis” e uma versão de “Comportamento geral”, de Gonzaguinha, carregada de ritmos eletrônicos.
“A Carne” trouxe a primeira participação especial do show – a canção foi defendida por Elza em parceria com Jéssica Ellen. Logo em seguida, foi a vez de Mike cantar em “Não tá mais de graça”.
Já com o público nas mãos, Elza – que durante todo o tempo permanece sentada em um praticável na parte central e posterior do palco – inicia o hino feminista “Maria da Vila Matilde” acompanhada por Kell Smith – neste momento, Elza conclama o público a denunciar a violência contra as mulheres no Brasil.
Clássico do repertório da cantora, “Se acaso você chegasse” foi apresentada em companhia de Assucena Assucena e Raquel Virgínia, da banda As Bahias e A Cozinha Mineira.
A parte final da apresentação trouxe uma carga política bem mais intensa. Seguiram-se “A mulher do fim do mundo”, “Pequena memória de um país sem memória”, “País dos sonhos” e “Blá-blá-blá”, com participação do rapper Edgar.
O fim chegou com “Volta por cima”, clássico de Paulo Vanzolini tornado famoso por Beth Carvalho, foi cantado por Elza e todos os convidados.
De maneira geral, o show apresentado no Sunset manteve as características das apresentações de Elza desde o lançamento do álbum “A mulher do fim do mundo”, lançado em 2015 – uma mistura de estilos musicais a serviço de mensagens acerca de temas como feminismo, violência contra a mulher e consciência negra.
Por G1