Desemprego, miséria e fome no Brasil de Bolsonaro
Segundo os dados do IBGE, atualmente, o Brasil possui cerca de 14,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza.
A pobreza e a extrema pobreza continuam a crescer, dia após dia, durante o governo Jair Bolsonaro. Uma realidade que veio antes da chegada da pandemia do novo coronavírus no Brasil, mas que se agravou devido ao desinteresse do atual governo em combater a proliferação da Covid-19, resultando no imenso aumento do número de vítimas fatais no país e no caos econômico. Já são mais de 595 mil. Enquanto isso, a economia vem cambaleando com a política liberal adotada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, resultando na alta do desemprego, miséria, fome e retorno da inflação nos quatro cantos do país. Uma situação inimaginável há poucos anos.
Segundo os dados do IBGE, atualmente, o Brasil possui cerca de 14,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. Somadas aos que estão na linha da pobreza, esse número chega a 61,1 milhões de pessoas, 25% da população do país.
“E o aumento da miséria brasileira tem dois nomes e sobrenomes: Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. A redução drástica de investimentos em políticas públicas e de distribuição de renda aprofundou a miséria e a desigualdade no país. Ninguém aguenta mais essa dupla à frente da Nação. Por isso defendemos o Impeachment de Bolsonaro”, comentou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.
Depois que Bolsonaro assumiu a presidência da República, 9,1 milhões de pessoas passaram a viver na pobreza e 5,4 milhões na extrema pobreza. Ou seja, em seu governo 14,5 milhões de brasileiros foram empurrados para as classes econômicas mais baixas.
Desemprego
O desemprego já atinge cerca de 14,5 milhões de pessoas. Em um ano, aumentou em 1,6 milhão o número de desempregados no país. Os desalentados – aqueles que já não procuram mais empregos por falta de vagas e não são classificados nas estatísticas oficiais como desempregados – somaram 5,6 milhões. Ou seja, já são mais de 20 milhões de pessoas sem trabalho no Brasil. Além destes, 24,8 milhões estão trabalhando por conta própria por não encontrarem vagas no mercado de trabalho. São pessoas que estão, em sua grande parte, em subempregos como os ambulantes e entregadores e motoristas de aplicativos.
Inflação
Enquanto o povo trabalhador está desempregado e na miséria, a inflação voltou a assustar a população. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelerou 1,14% em setembro, após alta de 0,89% em agosto, segundo o IBGE. A alta de 1,14% é a maior para um mês de setembro desde o Plano Real, em 1994. No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA ficou em 10,05% em setembro. Uma inflação de dois dígitos como não se via há muito tempo. Com alta de 2,85%, a gasolina foi a principal influência para o retorno da inflação. Junto a ela, o preço do gás de cozinha, alimentos e produtos em geral dos mais diversos setores.
Cortes em políticas públicas
Desprezando as recomendações dos maiores economistas do mundo para lidar com uma situação como esta, o governo Bolsonaro promove mais cortes em políticas públicas que poderiam impulsionar a economia. Em meio à maior pandemia do século, o valor previsto para ser usado com saúde, em 2021, foi de R$ 23,7 bilhões menor do que o executado em 2020. Isso porque os deputados e senadores aumentaram em cerca de R$ 10 bilhões o valor proposto pelo governo. A Educação sofreu um corte de 27%. A área de Ciência e Tecnologia teve o segundo maior corte de orçamento, com diminuição de 28,7% em relação a 2020.
“E tudo pode ficar muito pior caso seja aprovada a Reforma Administrativa”, lembrou Felipe.
Por outro lado, a proposta de Orçamento para 2021 destinou R$ 110,7 bilhões para as despesas primárias das Forças Armadas, uma alta de 4,7% em relação ao proposto pelo governo para 2020 (R$ 105,7 bilhões). Também veio a público, esta semana, que o governo Bolsonaro deixou vencer R$ 80 milhões em testes da Covid, remédios e vacinas, evidenciando um completo descaso com a população.
Fonte: sindsep-pe