Deputado diz que greve geral coloca governo Temer em “corda bamba”
O deputado estadual Frei Anastácio (PT), que participou das atividades da greve geral contra as reformas do presidente Temer, disse que essa foi a maior manifestação grevista que o país já registrou. “As manifestações mostram que o presidente golpista está numa “corda bamba”. Ou recua com as reformas, ou pode cair a qualquer momento. O povo não suporta mais tanto ataque aos seus direitos adquiridos”, disse Frei Anastácio.
De acordo com o parlamentar, “essa greve geral uniu todas as centrais sindicais, associações, ONGs, entidades civis organizadas, sindicatos e as igrejas Católicas e Evangélicas e o povo. Isso é um fato histórico para o nosso país, que deixa a queda desse governo golpista mais próxima” afirmou o deputado. Em João Pessoa, as manifestações foram concluídas com um grande ato público no Ponto de Cem Reis, no centro da cidade.
O parlamentar disse que essa manifestação, que parou o Brasil, mostra que todos os segmentos da sociedade deram um recado ao Presidente da República. “A população brasileira disse, com essa greve geral, que não aceita o que o governo golpista está fazendo e deixa um alerta para os deputados e senadores em relação às eleições de 2018. O povo não irá votar em quem defende as reformas que só trazem prejuízos para o trabalhador”, disse.
Frei Anastácio destaca que a Paraíba, especialmente João Pessoa, deu seu recado, parando tudo. “Essa é a forma do povo dizer que não está submisso ao Congresso Nacional, nem ao presidente golpista. Assim, aconteceu também nos outros estados brasileiros”, afirmou o deputado.
O petista destaca que as reformas de Temer só mostram um lado da moeda, que é retirar direitos dos trabalhadores para beneficiar a classe empresarial. “A reforma trabalhista assassina a CLT, e vem para escravizar o trabalhador com aumento na jornada de trabalho de oito ara 10 horas, férias fatiadas em três vezes, negociação direta entre patrões e empregados, fim do imposto sindical como forma de neutralizar os sindicatos, e trabalho intermitente com prestação de serviços de forma descontinuada, em dias alternados ou apenas por algumas horas. Isso significa dizer que o trabalhador receberá remuneração apenas pelas horas trabalhadas”, explicou o deputado.
De acordo com o parlamentar, além dessa reforma trabalhista vem a reforma da previdência que fará o brasileiro trabalhar até morrer, sem se aposentar. “E vimos ainda, a aprovação da lei da terceirização que também só traz desvantagens para o trabalhador. Dessa forma, o povo tem que ficar em estado permanente de mobilização para garantir os direitos que restam e exigir o retorno dos que foram retirados”, disse.
Parlamento PB