IBGE: Mais de 50% dos paraibanos sofrem com falta de saneamento básico
Cerca de 53,1% da população paraibana tem, pelo menos, uma ou mais restrições a serviços de saneamento básico na residência. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (6).
O documento é resultado da análise das condições de vida da população brasileira em 2018, tendo em vista aspectos como mercado de trabalho e estrutura econômica; distribuição de renda e padrão de vida; e educação. O estudo é baseado, principalmente, em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), de 2012 a 2018.
Conforme a síntese, 16,8% da população com restrição não tem coleta direta ou indireta de lixo, 24% não tem abastecimento de água por rede geral e 50,8% não tem esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial.
Quanto às inadequações nas condições de moradia, esse percentual é menor, de 12,5%. Nesse aspecto, 14% dos domicílios paraibanos não têm banheiro de uso exclusivo da casa; em 0,5% as paredes externas são construídas predominantemente com materiais não duráveis, como taipa não-revestida e madeira reaproveitada; em 4,3% há mais de três moradores por dormitório; e em 4,4% das residências o valor declarado do aluguel iguala ou supera 30% da renda domiciliar declarada.
Mais dados
Além disso, cerca de 37,8% da população paraibana mora em domicílio que tem alguma restrição à educação, maior taxa do Brasil. Essa restrição se refere a residências que contam com pelo menos um desses pontos: crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade que não frequentavam escola; pessoas de 15 anos ou mais de idade analfabetas; e pessoas de 16 anos ou mais de idade que não possuíam Ensino Fundamental completo.
O estudo constatou ainda que 26,9% da população mora em domicílios sem acesso à internet e 3,1% em locais em que há restrições à proteção social, categoria que corresponde a duas condições: onde não havia nenhum morador de 14 anos ou mais de idade que contribuía para instituto de previdência em qualquer trabalho ou era aposentado ou pensionista; e domicílios com rendimento domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo, com nenhum membro recebendo rendimentos de outras fontes, o que inclui programas sociais.
Com informações do Portal Correio