Concerto da OSPB tem maestro argentino e oboísta de SP, em João Pessoa
O músico Joel Gisiger, primeiro oboé da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), será o solista do 13º Concerto Oficial da Temporada 2017 da Orquestra Sinfônica da Paraíba, que terá como regente convidado o maestro argentino Gustavo de Paco, professor da Universidade Federal da Paraíba e flautista da sinfônica paraibana e da Orquestra Municipal de Recife. O concerto acontece nesta quinta-feira (5), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural, em João Pessoa. Os ingressos custam R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia).
“Estou ansioso para fazer esse concerto com a orquestra. Eu tenho ouvido falar muito bem dessa orquestra, que tem uma história maravilhosa, muito conhecida, desde a época do maestro Eleazar de Carvalho, que esteve aqui e fez um projeto maravilhoso, que acabou inclusive inspirando a Orquestra do Estado de São Paulo, a Osesp, também regida pelo maestro Eleazar de Carvalho, dando início à uma nova orquestra, logo após o falecimento dele, em 1996”, disse o oboísta Joel Gisiger.
“Eu acredito que a maior expectativa é o fato das orquestras serem praticamente irmãs, ou talvez, primas. São orquestras com um histórico bem parecido, um histórico de interesse do Estado, onde a cultura é um bem que a gente não pode perder e a gente deve investir. Então eu vejo com a maior alegria o fato de poder interagir com a orquestra nesse sentido”, completou.
Joel Gisiger será o solista do ‘Concerto em Ré maior para Oboé e Pequena Orquestra’, do alemão Richard Strauss (1864 – 1949), um dos mais importantes e admirados compositores do século 20. A música de outro alemão será executada em seguida pela OSPB. É a ‘Sinfonia n. 4 em Mi menor, Op. 98’, de Johann Brahms (1833-1897), cujas composições, influenciadas por Bach e Haendel, apresentam uma surpreendente harmonia entre o classicismo e o romantismo.
Sobre a composição de Richard Strauss, o oboísta Joel Gisiger explica que o concerto é um dos mais importantes da literatura de oboé. “Ele foi escrito depois que um oboísta americano, John de Lancie, que era segundo oboísta da Orquestra da Filadélfia, estava na região da Bavária, na cidade de Garmicsh, quando era soldado durante a segunda guerra mundial, e foi à casa de Strauss, de quem era grande admirador. Perguntou então se ele não tinha interesse em fazer um concerto para oboé. Ele não falou nada na hora, mas considerou e escreveu esse concerto, que estreou em Zurich, na Suíça, em 26 de fevereiro de 1946”, contou.
Segundo Joel, o que é mais interessante nesse concerto é que tem frases grandes. “Esse concerto é tocado principalmente por oboístas que têm a respiração circular, ou seja, que podem tocar o oboé e ao mesmo tempo respirar, por causa dessas frases muito longas que Strauss escreveu. São frases grandiosas, lindíssimas, muito melodiosas, e ao mesmo tempo técnicas, com passagens virtuosísticas no meio”, observou.
“Eu convido a todo o pessoal da cidade, que gosta de música clássica e mesmo as pessoas que não conhecem a música clássica, mas que tenham interesse, que venham assistir a esse concerto. Vão sair muito satisfeitos, eu tenho certeza. E a minha expectativa é das melhores possíveis, podendo fazer esse concerto com uma orquestra que eu considero uma orquestra irmã ou uma orquestra prima da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo”, finalizou o músico.
DPB com Funesc