BRASIL

Comandante do Exército decide acabar com celebração do golpe de 64 nos quartéis

General Tomás Paiva cancelou a leitura da Ordem do Dia alusiva a 31 de março de 1964, data do golpe militar no Brasil. "O normal era não existir", segundo avaliação do comandante

A interlocutores, o general afirma que o momento é de “retomada da confiança” e de busca de pacificação. O fim da celebração do golpe seria, portanto, um aceno ao governo Lula (PT).

A leitura da Ordem do Dia de 31 de março acabou em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Nos primeiros governos Lula, segundo o Centro de Comunicação Social com base nos arquivos do Exército, só foram localizadas Ordens do Dia publicadas em 2004, 2005 e 2006. Desde então, a celebração não havia mais acontecido. Em 2019, no entanto, com a chegada de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência, a prática foi retomada.

“Infelizmente”, Lula ganhou

À cúpula do Exército, o general explicou o áudio em que afirma que “infelizmente” Lula venceu as eleições. Paiva disse que a ideia central de sua fala aos subordinados era reforçar a aceitação do resultado eleitoral.

Investigação de militares

Em mais um aceno, o comandante fez chegar pelos bastidores ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que não haverá resistência do Exército em relação ao julgamento de militares envolvidos no 8 de janeiro pela Justiça comum.

DiarioPB com Brasil 247

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Redação DiárioPB

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