Com gol irregular, Cruzeiro arranca empate e complica o Santos
Cruzeiro e Santos empataram em 2 a 2 num jogo tenso, movimentado, com várias alternativas táticas, e quem tem a agradecer é o Palmeiras. Com o resultado, o Peixe fica seis pontos atrás do líder Verdão, faltando duas rodadas para o término do Brasileirão. O Santos fica agora com chances remotas de ser campeão: precisa vencer Flamengo (fora) e América-MG (casa), além de ver o Palmeiras ser derrotado por Chapecoense (casa) e Vitória (fora). Já o Cruzeiro não tem mais chances de chegar ao G-6 que o levaria à Libertadores, já que termina a rodada com sete pontos atrás do Botafogo, sexto colocado.
O gol do empate cruzeirense foi feito por Manoel, de cabeça, aos 43 minutos do segundo tempo. O zagueiro, porém, estava impedido.
O Cruzeiro reclamou muito da arbitragem comandada por Heber Roberto Lopes. No fim do primeiro tempo, um impedimento mal marcado impediu Arrascaeta de seguir num lance em que tinha grandes chances de fazer seu segundo gol. O pênalti de Romero em Copete também foi muito contestado pelos cruzeirenses, assim como a não marcação de um penal numa tentativa de cruzamento de Marcos Vinícius que bateu no corpo de Léo Cittadini.
O Cruzeiro entrou em campo bem à vontade, sem pressão, diante de um Santos que jogava a sobrevida no Brasileirão e com um problema crônico: o miolo de zaga. A dupla formada por David Braz e Fabián Noguera mostrou fragilidade. Para piorar, Zeca também não pareceu concentrado no lance do gol de Arrascaeta, aos 21 – o uruguaio aproveitou a falha coletiva para abrir o placar para o Cruzeiro. Dorival Júnior resolveu arriscar e trocou o zagueiro Noguera pelo meia Léo Cittadini. O Santos, com apenas um defensor, passou a ter mais posse de bola e a ocupar todo o campo de defesa do Cruzeiro. Faltava infiltração. Bem postado, o time mineiro marcava bem, sem dar chances ao Peixe e criando ainda chances em contra-ataques. O primeiro tempo terminou com o Cruzeiro mais perto do segundo gol do que o Santos do empate.
O segundo tempo foi outro jogo, muito por conta do erro bizarro de Lucas Romero logo no segundo minuto – numa tentativa de recuo para o goleiro Rafael, o argentino deixou Ricardo Oliveira na cara do gol. O mesmo Romero cometeu outro erro grave: entrou de carrinho em Copete na área, cometendo pênalti. Ricardo Oliveira, sempre gelado, fez o segundo gol dele e do Santos. A partir daí, o jogo mudou mais uma vez – o Peixe recuou (inclusive com a entrada do zagueiro Lucas Veríssimo no lugar do meia Vitor Bueno), e o Cruzeiro se lançou todo ao ataque. Vanderlei fez pelo menos duas grandes defesas. Com a expulsão de Arrascaeta (por solada em Thiago Maia), a Raposa parecia perder fôlego. Mas chegou ao empate num lance de bola parada. Em cobrança de falta da esquerda, Manoel, impedido, cabeceou para fazer o gol do empate.
GE