Coaf: transações milionárias do Coronel Lima chegam a 2019
A Operação Descontaminação, braço da Lava Jato, tem como uma das linhas de investigações as transações milionárias “sem qualquer serviço que justificasse” ao Coronel Lima, ex-assessor de Michel Temer, que está preso. Homem forte do emedebista, João Batista Lima Filho teve suas contas devassadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Segundo os investigadores, foram detectadas “inúmeras transações suspeitas” no “esquema de lavagem capitaneado” por Temer e “gerido” por seu amigo. Os relatos foram publicados no Blog do Fausto Macedo.
De acordo com o advogado Eduardo Carnelós, que defende Temer, “pretender atribuir” ao emedebista “responsabilidade por atos do Coronel Lima, porque este é seu amigo há muitos anos, constitui pilantragem intelectual”. “Desconheço o que dizem os tais relatórios do Coaf a respeito das contas do Coronel, mas seja o que for, meu cliente nada tem a ver com isso”.
O inquérito que levou Temer, Lima e o ex-ministro Moreira Franco à cadeia no âmbito da Operação Lava Jato está relacionado às investigações que miram desvios em obras da Usina Angra III (RJ), da estatal Eletronuclear. De acordo com os investigadores, o Coronel Lima teria intermediado o pagamento de R$ 1 milhão em propinas da Engevix no final de 2014.
A força-tarefa disse que Temer chefia um grupo criminoso há 40 anos, que chegou a arrecadar propinas de desvios de R$ 1,8 bilhão.
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