Clementino Fraga, HUWL, HUAC serão referência para pacientes com suspeita de coronavírus na PB
Febre, tosse e dificuldade para respirar. Esses são sinais comuns de gripes ou pneumonias, mas que também podem ser sintomas clínicos do novo coronavírus, que foi detectado inicialmente na cidade de Wuhan, na China, no fim do ano passado. O vírus vem se alastrando por outros países tem causado preocupação para a Organização Mundial da Saúde, que declarou, nesta quinta-feira (30) situação de emergência global.
As Secretarias Estaduais de Saúde definiram 47 hospitais de referência para possíveis atendimentos de casos graves, na Paraíba o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), em João Pessoa, o Clementino Fraga e o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) em Campina Grande foram os escolhidos por terem um perfil que já trata desse tipo de doença.
Em coletiva nesta sexta-feira (31), o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, afirmou que a Paraíba, juntamente com São Paulo foram os primeiros estados a iniciar o processo de precaução e mobilização dos profissionais de saúde, para fazer a prevenção no sentido de eventualmente ocorrer algum caso do novo coronavírus.
O HUAC tem um leito de UTI de isolamento preparado para possíveis casos e dois de enfermaria. Já no HULW são três leitos reservados na DIP (Unidade de doenças infecto parasitais) e um na pediatria. Os leitos estão preparados para receber possíveis pacientes com casos suspeitos.
O Clementino Fraga absorverá a maioria dos casos suspeitos, sendo a referência na Paraíba. São 18 leitos de enfermaria que estão reservados/preparados.
“Na Paraíba a estrutura do governo está pronta para atender esses pacientes e criar fluxos de remoção, centralizando em três unidades hospitalares que já tem expertise no manuseio de doenças infecto-contagiosas”, disse.
De acordo com o secretário, qualquer caso que se encaixe no perfil deve ser solicitada a transferência para este serviço. Medeiros acrescentou que a rede estadual hospitalar está disponibilizando até o transporte aeromédico para levar o paciente para o Clementino Fraga e, com isso, garantir o melhor tratamento.
Aeroporto de Bayeux e Porto de Cabedelo já estão com protocolo definido caso haja usuários apresentando sintomas.
O secretário recomenda que “se alguém tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar, dentro de um período de 14 dias após viagem para China ou contato direto com pessoa com caso confirmado de Coronavírus, deve buscar imediatamente um serviço de saúde”.
Transmissão, tratamento e prevenção
No Brasil, até às 12h de quarta-feira, 29, o Ministério da Saúde (MS) recebeu a notificação de 33 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo novo coronavírus, sendo 24 descartados e nove ainda sob investigação. De acordo com o MS, as investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, já foi registrado em outros países, além da China. A contaminação pode ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo (como toque ou aperto de mão), contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. A indicação é repouso e consumo de bastante água, além de medidas adotadas para aliviar os sintomas como o uso de medicamento para dor e febre. Mas os médicos alertam que é fundamental procurar ajuda médica logo que aparecerem os primeiros sintomas para iniciar o tratamento, se for confirmado o diagnóstico.
Mas cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus, devem ser adotadas. Entre as medidas estão evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas, lavar frequentemente as mãos, utilizar lenço descartável, cobrir nariz e boca com a região do cotovelo quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca ou não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
Saiba mais no site do Ministério da Saúde.
DPB com Portal Paraíba