China liderou instalação de painéis solares e energia eólica em 2023
O país asiático instalou no ano passado mais painéis solares do que os EUA em toda a história
A China atingiu uma conquista notável no campo da energia renovável ao bater um novo recorde de instalação de painéis solares em 2023. De acordo com a Administração Nacional de Energia da China (NEA), o país asiático adicionou impressionantes 216,9 gigawatts (GW) de energia solar ao seu sistema, superando significativamente o recorde anterior de 87,4 GW estabelecido em 2022, informa a Bloomberg.
Essa marca coloca a China como líder global na instalação de painéis solares, representando aproximadamente 58% das instalações solares em todo o mundo. Além disso, a China também consolidou sua posição na energia eólica, contribuindo com 60% das instalações globais no último ano, de acordo com dados da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
A expressiva adição de capacidade em energias renováveis representa um marco significativo no esforço da China para reduzir sua dependência de fontes tradicionais de energia, especialmente o carvão. O aumento nas instalações de energias renováveis permitirá à China reduzir a queima de carvão, contribuindo para a mitigação da poluição global. No entanto, as autoridades chinesas continuam investindo em sua vasta rede de usinas elétricas movidas a carvão, responsáveis por cerca de 59% da eletricidade do país.
Em resposta às críticas sobre a aparente contradição entre a expansão das usinas de carvão e os recordes renováveis, autoridades argumentam que as novas usinas são essenciais como backup para a geração intermitente de energia solar e eólica. A promessa de uma diminuição no consumo de carvão a partir de 2025 é parte do plano para equilibrar as necessidades energéticas do país com a transição para fontes mais limpas.
As projeções para o futuro indicam que a China está comprometida em manter o ímpeto em energias renováveis. Prevê-se um aumento de cerca de 7% na instalação de painéis solares este ano, enquanto a capacidade eólica deve crescer em torno de 11%, segundo as estimativas da BNEF.
DiarioPB com Brasil 247