Chapa de Haddad volta a pedir que WhatsApp seja ouvido sobre fake news na campanha
A coligação do candidato Fernando Haddad, que foi candidato do PT à presidência da República, apresentou petição ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo para que o representante no Brasil do aplicativo de mensagens WhatsApp seja ouvido como testemunha na ação que apura o esquema de empresários apoiadores de Bolsonaro na compra de pacotes de disparo de fake news contra o candidato petista nas eleições de 2018.
De acordo com matéria publicada pelo site UOL, o pedido foi apresentado ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Jorge Mussi, nesta quinta-feira (10). A ação é baseada na denúncia feita pela reportagem da Folha de S. Paulo que apontou esquema de disparos de mensagens contra Haddad no segundo turno das eleições, que é considerado pelo PT como “caixa dois” eleitoral da campanha de Bolsonaro.
A coligação de Haddad havia solicitado que Brian Patrick Hennessy, sócio do WhatsApp, fosse convocado a depor. No entanto, o ministro do TSE negou o pedido, alegando que, pelo fato de ser estrangeiro, residente nos Estados Unidos, Hennessy não seria atingido pelo julgamento.
Diante disso, a coligação decidiu convocar o representante do WhatsApp no Brasil. Para os advogados, o depoimento do executivo “é de suma importância – tendo em vista a centralidade do aplicativo de mensagens WhatsApp nos acontecidos relatados – ao deslinde [compreensão] da controvérsia e elucidação dos fatos denunciados a esta Corte Superior”.
O ministro Mussi não tem prazo para apresentar uma manifestação a respeito da petição da coligação de Haddad. A ação pode acarretar a declaração de inelegibilidade de Bolsonaro.
Brasil 247