ECONOMIA

Brasil tem previsão de alta de 15% na comercialização de veículos, a maior entre os principais mercados globais, aponta ANFAVEA

Após o início do terceiro mandato de Lula, o país conseguiu investimentos que totalizam R$ 180 bilhões, o maior da história do setor automotivo brasileiro

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Márcio de Lima Leite, afirmou que 2024 está sendo um ano “espetacular” para o setor automotivo, com previsão de alta de 15% entre vendas, produção e exportação. É o maior percentual entre os dez principais mercados globais. Nos últimos 12 meses, as montadoras anunciaram um investimento de R$ 180 bilhões, o maior da história do setor automotivo brasileiro.

No ranking dos 10 principais mercados, o Canadá tem a segunda maior projeção (10,5%), à frente do México (9,4%), da China (3,8%) e da Índia (3,4%). Os Estados Unidos ficaram na sexta posição (2,8%) e o Reino Unido (2,5%) na sétima. Completa a lista Alemanha (- 0,4%), França: (3%) e Japão: (7,2%).

No Brasil, o ano de 2024 foi marcado por um forte crescimento de vendas no segundo semestre, impulsionando a produção de automóveis a níveis acima do inicialmente projetado. Na comparação entre o segundo e o primeiro semestre, a produção cresceu 26,2%, os emplacamentos 32% e as exportações 44,2%.

Para 2025, a ANFAVEA projeta vendas de 2,802 milhões de automóveis, uma elevação de 5,6% em relação a 2024. Entre os grandes segmentos, espera-se um crescimento de 5,8% para automóveis e comerciais leves e de 2,1% para veículos pesados.

Apesar do crescimento de 15% no mercado interno em 2024, a produção deverá subir 10,7% em relação a 2023, totalizando 2,574 milhões de unidades. Esse descompasso se deve à estagnação das exportações e ao aumento expressivo das importações.

As vendas de veículos importados cresceram mais de 31,5% (463 mil unidades no total), sendo impulsionadas por modelos vindos de fora do Mercosul, especialmente da China. Com 17,4% de participação nos emplacamentos, a fatia dos importados atingiu o maior nível dos últimos dez anos, com um terço sendo trazido por empresas que não produzem no Mercosul.

“Esse desequilíbrio na balança comercial, causado pelo baixo imposto de importação para veículos elétricos e híbridos, impediu uma recuperação ainda mais robusta dos fabricantes instalados no Brasil”, analisou Márcio de Lima Leite.

A expectativa para 2025 é de um crescimento de 6,8% no volume de produção, alcançando 2,749 milhões de unidades. A alta será concentrada em veículos leves, com crescimento de 7,3%. Para caminhões e ônibus, a previsão é de manutenção no mesmo patamar de 2024, com 169 mil unidades.

Com Brasil 247

Redação DiárioPB

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