ECONOMIA

Bolsa Família bate recordes e beneficia 21,12 milhões de lares em janeiro

Programa retomado pelo governo federal registrou em 2023 o maior volume de recursos de sua história

O programa Bolsa Família do governo federal iniciou seus primeiros pagamentos de 2024 marcando um aumento nos valores de investimento total e benefício por residência em relação ao governo de Jair Bolsonaro.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o governo federal destinou R$ 14,48 bilhões para o mês de janeiro, beneficiando 21,12 milhões de famílias com um valor médio de R$ 685,61 por lar.

O ano de 2023 registrou o maior volume de recursos na história do Bolsa Família desde sua criação em 2003, com uma média mensal de R$ 14,1 bilhões, superando os R$ 7,8 bilhões de 2022. O valor médio repassado às famílias em 2023 foi de R$ 670,36, o mais alto já alcançado.

Para janeiro de 2024, o Benefício Primeira Infância, que adiciona R$ 150 para cada criança de zero a seis anos, alcançará 9,57 milhões de crianças, totalizando um repasse de R$ 1,36 bilhão. Além disso, há repasses de R$ 19,4 milhões para 406,7 mil gestantes, R$ 23 milhões para 486,3 mil nutrizes, e R$ 703 milhões para 15,25 milhões de crianças e adolescentes de sete a 18 anos, cada um recebendo um adicional de R$ 50.

Uma inovação no programa é a exclusão do desconto do Seguro Defeso para os beneficiários do Bolsa Família, conforme estabelecido pela Lei 14.601/2023. Este seguro é pago a pescadores artesanais que não podem exercer a atividade durante a piracema.

Em termos de distribuição, 58,1% dos beneficiários são do sexo feminino, e 83,5% dos responsáveis familiares são mulheres. Cerca de 73% dos beneficiários se identificam como pretos ou pardos. O Nordeste lidera com o maior número de famílias contempladas, seguido pelo Sudeste e Norte, este último com o maior valor pago por residência. O Sul e o Centro-Oeste também registram números significativos de famílias beneficiadas.
São 2,4 milhões de famílias em regra de proteção, recebendo um benefício médio de R$ 373,07. Esta medida permite que famílias com renda elevada para até meio salário mínimo por integrante permaneçam no programa por até dois anos, recebendo 50% do valor do benefício, incluindo os adicionais.

DiarioPB com Brasil 247

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