Bolsa afunda quase 4% em cenário de aversão global dos mercados à nova cepa de Covid-19
Principal índice da Bolsa de São Paulo caía 3,91% às 14h. Bolsas despencam em quase todo mundo
O Ibovespa afundava nesta sexta-feira (26), acompanhando clima de aversão global após a descoberta de uma variante possivelmente resistente a vacinas, e em meio ao recrudescimento da pandemia, especialmente na Europa.
Às 14h, o Ibovespa caía 3,91%, a 101.663 pontos. O volume financeiro era de 3,6 bilhões de reais. Praticamente todas as ações do índice operavam em baixa.
Os principais índices na Europa já vinham sendo impactados pelas preocupações com o aumento de casos em todo o continente nas últimas semanas, inclusive com a possiblidade de novos lockdowns em alguns países. Veja como fecharam os mercados:
- Euro Stoxx 50: -4,74%
- DAX (Frankfurt): -4,22%
- FTSE 100 (Londres): -3,68%
- CAC 40 (Paris): -4,75%
- IBEX 35 (Madri): -5,03%
- FTSE MIB (Milão): -4,59%
Na Bolsa de São Paulo, as empresas ligadas a turismo e viagens Gol, CVC e Azul eram as maiores quedas em percentual do índice, enquanto em pontos, a Vale dava a maior contribuição negativa.
Pouco se sabe sobre a variante, detectada primeiramente na África do Sul, e depois em Botswana e Hong Kong, mas cientistas dizem que ela tem uma combinação atípica de mutações, e pode ser capaz de evitar respostas imunológicas e ser mais transmissível.
O enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à Covid-19, David Nabarro, disse que é apropriado estar preocupado com a disseminação da nova variante do coronavírus identificada na África do Sul.
Os futuros de ações norte-americanos cediam antes da abertura, enquanto o mercado acionário europeu caminhava para a pior sessão em mais de um ano.
Há pouco, a Anvisa recomendou restrição para voos e viajantes de África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
No cenário doméstico, fora o noticiário da Covid-19, investidores seguem atentos a qualquer novidade sobre a PEC dos Precatórios, que deve ser votada em comissão no Senado na semana que vem.
247 com Reuters