Audiência pública do senado debateu hoje o forró enquanto Patrimônio Imaterial
A Paraíba voltou a discutir o Forró. Em audiência pública, presidida por Fátima Bezerra (PT – RN), foi discutido o registro do Forró enquanto patrimônio imaterial. Realizado na sala de concertos José Siqueira, o evento aconteceu nesta segunda (20). Compareceram cerca de 100 pessoas, entre gestores, produtores culturais e autoridades.
Segundo a senadora, o objetivo é “fortalecer a luta dos forrozeiros a fim de envolver os gestores, artistas, movimento social organizado para retomar o processo de registro de patrimônio imaterial. Ao realizar essa audiência pública, pretende-se criar pontes, em conjunto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para reconhecimento do forró e fomentar mobilização desse setor”, ressaltou.
O vereador Marcos Henriques ressalta a visibilidade da audiência em âmbito nacional a intenção do povo paraibano de regisrar o forró enquanto patrimônio. “É um setor que precisa de investimos e assim gerar desenvolvimento e emprego. Além disso, devemos tratar de uma política afirmativa que rememore as tradições nordestinas e não desvalorizar a mulher nem erotize jovens e adolescentes”. Ele ainda convocou o setor para debater um calendário de eventos culturais, para o próximo ano, na câmara municipal, com o intuito fomentar o setor.
Ainda falou Hermano Guanais, Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial, que trouxe um panorama do registro pelo Iphan. O objetivo é dar visibilidade ao forró, através do registro de bens culturais de natureza imaterial, criando medidas de salvaguarda da produção do conhecimento. “Empoderar a sociedade para se apropriar do movimento é a pauta do Iphan. Porém, devido ao pouco corpo técnico e material, a câmara setorial do patrimônio imaterial julgou a pertinência do registro. O indicativo agora é ter do conselho consultivo parecer favorável”, concluiu.
Após as falas da mesa, a presidenta do fórum nacional do forró raiz, Joana Alves, leu uma carta com tópicos a ser tratados nas esferas – federal, estadual e municipal.
Por: Gregório Medeiros
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