BRASIL

Ato na ABI tem multidão em defesa de Glenn, da imprensa e da democracia

O ato em defesa do jornalista Glenn Greenwald e da liberdade de imprensa, na sede da ABI, no centro do Rio, se transformou em um ato em defesa da democracia com uma multidão no auditório e na Rua Araújo Porto Alegre.

Ato na ABI tem multidão em defesa de Glenn, da imprensa e da democracia 2 (2)
Foto: Ricardo Pipo

Muito aplaudido, Glenn Greenwald chegou às 19h15m, pouco depois do início do ato, quando o representante da OAB falava como primeiro orador. Políticos e artistas participaram do evento, iniciado pelo jornalista Cid Benjamin.

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Foto: Paula CSNZ (retirada do Instagram de Tarcísio Motta)

Chico Buarque foi um dos que integraram a mesa. Paulo Betti, Marcelo D2, Pedro Luiz, Fernanda Abreu, dentre outros, marcaram presença, ao lado da deputada Benedita da Silva, os deputados Marcelo Freixo, Jandira Feghali, Eliomar Coelho e outros parlamentares.

Uma vez lotado o auditório por 500 pessoas, outras centenas tiveram que assistir por telão no saguão do 9° andar, além de outras centenas gritando palavras de protesto na calçada diante da sede, na Rua Araújo Porto Alegre.

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Os oradores tiveram três minutos cada um. Um problema de som impediu por alguns minutos que os participantes do saguão ouvissem os breves discursos. “Viva o Glenn” entoou o jornalista Paulo Jerônimo, após discursar.

Carol Proner, representando os  Juristas pela Democracia, lembrou que agora existem Engenheiros pela Democracia e Jornalistas pela Democracia, dentre outras categorias.

Chico Buarque, com seu jeito simples e comedido, disse que não tinha se organizado para falar diante da enxurrada de acontecimentos.  “Agora fica explícito pra quem quiser saber o quanto se armou para eleger esse governo”, observou Chico, acrescentando, com ironia, “por que tipo de diferença o então juiz Sérgio Moro fora eleito o homem do ano que faz a diferença”.

Em seguida, a jornalista Beth Costa discursou defendendo a regulação da mídia. Cid Benjamin lembrou que o ato não era só em defesa do jornalismo, mas em defesa da democracia.

Cid também manifestou solidariedade a Felipe Santa Cruz, presidente da OAB atacado por declaração de Bolsonaro sobre a morte de seu pai pela Ditadura.

Uma caravana de petroleiros da Bahia também compareceu. Um representante da Federação dos Petroleiros discursou dizendo que os petroleiros estão juntos com Glenn e que desde 2008 a Petrobras é espionada, sobretudo depois da descoberta do pré-sal. Foi ovacionado o representante dos petroleiros.

João Batista Damasceno, representantes dos Juízes Pela Democracia ocupou o microfone para ler manifesto de familiares de desaparecidos pela Ditadura.

Wagner Moura também estava presente e discursou: “Solidariedade não só com o Glenn, mas com todos que devem dignificar a profissão. Solidariedade com todo jornalista que bate no peito e diz “eu sou jornalista”. Solidariedade com indígenas. À memória dos assassinatos pela ditadura brasileira, aos negros das favelas. A ultima vez que estive aqui na ABI foi num ato de apoio a Jean Wyllys.” Ainda citou a família de Glenn Greenwald que é casado com um deputado federal do PSOL-RJ, David Miranda e tem dois filhos adotados, “família brasileira linda”, e concluiu dizendo: “Somos maioria!”

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