Atlético-GO bate Tupi em jogo de 8 gols e celebra título inédito da Série B
Depois de conquistar a terceira divisão duas vezes, em 1990 e 2008, o Atlético-GO é o novo campeão da Série B do Campeonato Brasileiro. E foi com estilo e emoção: o primeiro título do clube no torneio foi confirmado neste sábado com a vitória por 5 a 3 sobre o Tupi, que teve o rebaixamento decretado pelo resultado do jogo no Olímpico, em Goiânia.
“Passou pela minha cabeça a história da minha família, da minha vida. Agradeço à minha mãe, meus irmãos e ao Atlético. Esses jogadores são fantásticos. Sofremos muito no jogo, mas soubemos vencer. É o maior título da minha carreira, fico feliz por entrar para a história do Atlético. Um beijo para minha esposa, meus filhos e a todos os amigos que me ajudaram nessa caminhada”, afirmou o técnico Marcelo Cabo, emocionado, após o título inédito.
Os 70 pontos no topo da tabela tornaram o Dragão inalcançável para os outros times do G-4: restando duas rodadas para o término da competição, Vasco e Avaí têm oito a menos e agora só brigam pelo G-4 com Bahia, Náutico, Londrina e CRB como concorrentes.
Do lado oposto da classificação, o Tupi soma apenas 30 pontos em 36 rodadas e já amarga a queda para a Série C 2017 ao lado do lanterna Sampaio Corrêa. Coincidentemente, o time maranhense é o próximo adversário do Atlético-GO, que agora só cumpre tabela até as férias oficiais.
Costurou a zaga
A intensidade do Atlético-GO foi premiada aos 14 minutos do primeiro tempo, quando Magno Cruz carregou a bola pela meia direita e tocou para Gilsinho, que fez o corta luz e se posicionou a tempo para receber de Jorginho dentro da grande área. O atacante só teve o trabalho de bater cruzado na saída do goleiro Rafael Santos para abrir o placar.
Montanha-russa
A torcida goiana presente no Estádio Olímpico foi momentaneamente frustrada aos 28 do primeiro tempo, quando Hiroshi chutou duas vezes para o gol; Kléver defendeu na primeira, mas o meia pegou seu próprio rebote e empatou o duelo – o quarto jogo seguido do Tupi a contar com gol de Hiroshi. Kléver ainda bloqueou cabeçada à queima-roupa de Giancarlo e impediu a virada mineira aos 40. Dois minutos depois, para a festa dos anfitriões, Marllon aproveitou cruzamento de Gilsinho e voltou a colocar o Dragão em vantagem.
Entretanto, o silêncio reinou absoluto entre a torcida rubro-negra aos 16 do segundo tempo, quando Jonathan, caído, não desistiu da bola e dividiu no chão pelo passe para Marcos Serrato, que concluiu de pé esquerdo para dar esperança ao vice-lanterna.
Para testar a fé
O canto de “eu acredito” embalado pela torcida rubro-negra empurrou o Atlético-GO na adversidade – que durou apenas seis minutos. Na marca dos 22, Magno recebeu em profundidade na arrancada e procurou Alison, que não conseguiu o domínio. A bola sobrou para Luiz Fernando, que tocou para o fundo da rede e selou o empate em 3 a 3.
O campeão voltou
O quarto gol de Jorginho no campeonato deu o título ao Dragão. Quando o relógio já marcava 33 minutos do segundo tempo, Luiz Fernando acionou Magno Cruz, mas viu o colega falhar no domínio imediato. O meia correu até a linha de fundo para evitar a saída da bola e cruzou rasteiro para Jorginho, que bateu rasteiro e cruzado para marcar o gol do título e permitir que o grito de “o campeão voltou” ecoasse nas arquibancadas. Matheus Carvalho ainda fez o quinto e fechou a conta em contra-ataque aos 41.
Finalíssima
Embora o Tupi não fosse o adversário do Atlético-GO pelo título da Série B, a partida teve ares de final de campeonato. A primeira chance ofensiva foi justamente da equipe de Juiz de Fora, mas Giancarlo carimbou as luvas de Kléver e Jonathan não aproveitou o rebote. O lance mais lamentado do jogo, porém, foi de Romário: aos 34 do primeiro tempo, o atleta fez fila pela zaga e soltou a bomba para a defesa de Rafael Santos.
Força máxima… Na medida do possível
A possibilidade de confirmar o título neste sábado não deu outra opção ao técnico Marcelo Cabo que não fosse levar força total à partida. No entanto, as suspensões de Júnior Viçosa e de Pedro Bambu pelo terceiro cartão amarelo obrigaram o treinador a escalar Alison e Bruno Barra como titulares.
Empate no Passo das Emas
Simultaneamente, Luverdense e Bahia ficaram no 2 a 2 em Lucas do Rio Verde. Jean Patrick abriu o placar para o time da casa aos 33, mas foi expulso momentos depois por agressão cometida em Hernane. Edigar Junio empatou aos três minutos do segundo tempo, mas viu Diego Sodré colocar o Verdão em vantagem mais uma vez aos 28. Os quatro minutos de acréscimo conferidos pela arbitragem salvaram o Tricolor, que decretou a igualdade com novo gol de Edigar Junio aos 49, no apagar das luzes.
O Bahia segue na quarta colocação da Série B do Brasileirão e depende apenas de si mesmo para confirmar o acesso à primeira divisão. Com 60 pontos somados, dois o separam de Vasco e Avaí, segundo e terceiro colocado. A equipe tem três a mais que o Náutico, primeiro fora do G-4.
UOL