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Atirador que matou cadeirante na Bahia era neonazista e anunciou massacre na internet

Atirador de 14 anos que matou uma aluna cadeirante de 20 anos nesta segunda-feira (26) em uma escola no município de Barreiras, na Bahia, “se identifica com neonazistas”. A informação foi dada pela estudante de ciências políticas Michele Prado, que estuda movimentos extremistas, em reportagem publicada nesta segunda pelo jornal O Globo. A pesquisadora citou a comunidade True Crime Comunity da qual o estudante fazia parte e onde ela localizou o perfil que repassou aos policiais da Bahia“Ele se denomina sancto, ele quer virar um sancto. Sancto é quando o indivíduo realiza o massacre. Eles são glorificados dentro da comunidade de extremistas como heróis”, afirmou a estudiosa. “Ele usava o número 88 para se identificar o que significa ‘heil, Hitler’, portanto se identifica com neonazistas. Além disso, é incel (a palavra vem da junção das palavras ‘involuntary celibates’ que são jovens celibatários que propagam misoginia e racismo em comunidades virtuais, alguns deles já envolvidos em crimes nos EUA)”, acrescentou.

O atirador estudava na escola cívico-militar Eurides Sant’Anna e teria postado num perfil extremista o plano de massacre na unidade de ensino. Nele, o adolescente, de 14 anos, se identificava como um “ser iluminado”.

Em um manifesto, publicado três dias antes do crime, a polícia acredita ter sido escrito pelo jovem. “Eu vivi com meu pai na maior parte da minha vida, pois meus pais eram separados e não tinham nenhum sentimento mútuo. Desde pequeno sentia-me superior aos demais, alimentava nojo e ódio de grupos do meu convívio, simplesmente não aceitava estar no mesmo lugar que eles, sentia que merecia mais, ou eles mereciam menos, o que importava era estar por cima”

DPB com Brasil 247

Redação DiárioPB

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