Ataques de 8 de janeiro jamais podem ser classificados como liberdade de expressão, diz ministro do GSI
O general Marcos Antônio Amaro afirma que os eventos foram "tresloucados" e reforça a responsabilidade das redes sociais na polarização
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antônio Amaro, afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que os atos golpistas de 8 de janeiro jamais poderão ser classificados como liberdades de expressão. O argumento é utilizado por alvos de investigações como uma tentativa de se livrar de condenações e reduzir penas. Os atos não podem, de forma alguma, ser classificados como “liberdade de expressão”, disse o ministro.
Para Amaro, o que aconteceu em 8 de janeiro não foi uma ação promovida pelas Forças Armadas, que, segundo ele, não compactuaram com o golpe. Ele também reforçou que as redes sociais desempenharam um papel crucial na escalada dos eventos. “O mau uso e desinformação em mídias sociais contribuem para a má compreensão da realidade nacional e amplificam a polarização da sociedade”, afirmou o ministro.
Sobre o futuro e a memória dos eventos, o general acredita que o Brasil sempre lembrará do 8 de janeiro, mas ele alertou para a possibilidade de tentativas de reinterpretação histórica. “A realidade é uma só. As visões da realidade diferem de pessoas, de grupos, de polos. É preciso, sempre, buscar a verdade”, afirmou, defendendo que o país não deve cair na tentação de revisitar os eventos com uma visão distorcida. Para ele, a lembrança correta deve ser a de que os atos de 8 de janeiro não foram, de maneira alguma, atitudes democráticas.
Sobre a perspectiva dos próximos eventos e como o país deve reagir, Amaro manteve uma posição firme. “Minha expectativa é positiva. É preciso condenar o 8 de janeiro, qualquer que tenha sido a sua motivação. É importante que se enxergue que aqueles atos não constituíram atitudes democráticas e não serão jamais aceitáveis coisas semelhantes”, disse.
Com Brasil 247