BRASIL

Após ser parado em blitz, motorista chama PM de “macaco” e diz que negro “não tinha nem direito a ter família”

Leonardo Fernandes Pontes foi parado em uma blitz no Rio e tentou subornar o sargento Wagner Carvalho. Sem obter sucesso na investida, ele passou a desferir ofensas racistas

O sargento Wagner Carvalho, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, abriu um de ocorrência na 16ª DP do Rio de Janeiro contra o motorista identificado como Leonardo Fernando Pontes após ter sido alvo de ofensas racistas durante uma blitz da Lei Seca. Segundo o G1, o militar foi chamado de “macaco” e que por ser preto não tinha “nem direito a ter família” e que deveria “andar em árvore”.

Segundo a reportagem, as agressões racistas começaram após Pontes ser parado na blitz  e indagado se havia ingerido bebida alcoólica. Ao ser levado para fazer o teste do bafômetro, ele admitiu que havia bebido e pediu uma “ajuda” ao sargento, O policial suspeitou que a ação fosse uma tentativa de suborno e alertou que a abordagem estava sendo gravada por uma câmera corporal.

“Ele virou e falou: ‘É isso mesmo que a sua raça faz, só faz merda. Pedi que ele repetisse o que tinha falado. Ele me chamou de macaco, filho da pu**. O algemei e ele começou a xingar toda a equipe com palavras de baixo calão, atingiu com chutes dois agentes civis da operação”, disse o PM.

As ofensas continuaram durante o trajeto até a delegacia. “Ele falou que eu poderia contar ao delegado que fui chamado de macaco, que como banana, que pelo fato de ser preto eu não tenho nem direito a ter família, que eu tenho que andar em árvore”, detalhou Wagner. “É uma situação que a gente não espera. A gente sai de casa para trabalhar e espera uma agressão física, ou na abordagem encontrar alguém armado e ter troca de tiro. Mas nunca passou pela minha cabeça sofrer esse tipo de injúria, esse tipo de agressão. É de suma importância que a sociedade denuncie”, disse o sargento. Ainda segundo a reportagem, a corporação informou que Pontes foi preso em flagrante e encaminhado à audiência de custódia, onde o juiz decidiu que ele deveria cumprir medidas cautelares.

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Redação DiárioPB

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