Apesar de falhas no solo, time do Brasil leva inédito 6º lugar
Por anos era um sonho ver uma equipe masculina do Brasil na Olimpíada. Imagina. Na ginástica artística? Um esporte dominado por russos, americanos, japoneses, chineses… Bem, chegou a hora de novos sonhos. O time não só conquistou a vaga nos Jogos do Rio de Janeiro como também consolidou sua posição entre os grandes nesta segunda-feira. Arthur Zanetti, Arthur Nory, Diego Hypolito, Francisco Barretto e Sergio Sasaki encantaram a Arena Olímpica na final por equipes em mais uma tarde mágica, de voos fascinantes, de vibração, de garra. O pódio não veio, e nem estava ao alcance ainda, mas a inédita sexta colocação foi celebrada, mesmo com falhas no solo. Potências da ginástica, atenção! O Brasil chegou, e é para ficar!
– É a primeira vez que estamos com uma equipe completa e pegamos final. Os cinco primeiros são potências olímpicas. Estamos aí. Eles sabem que se derem uma vacilada, estamos na cola. O Brasil cresceu muito. Sabíamos a realidade, que a chance era muito pequena de uma medalha. Viemos para fazer nosso melhor e curtir a competição – disse Arthur Zanetti.
É claro que a festa foi do Japão, que retomou o posto de melhor equipe da Olimpíada com um ouro que não vinha desde os Jogos de Atenas 2004. Um título conquistado com a liderança de Kohei Uchimura. O astro conquistou 91,598 pontos dos 274,094 da equipe japonesa. Alegria também para a Rússia, que volta ao pódio com a prata depois três edições ausente. Os antigos bicampeões chineses não vibraram muito com o bronze.
Mas os brasileiros têm motivo para se orgulharem. Para entender o tamanho do feito, basta saber que a sexta colocação nunca foi alcançada em Olimpíada nem mesmo pelo time feminino, nem mesmo por uma equipe com Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypolito e Lais Souza, que ficaram em oitavo nos Jogos de Pequim 2008.
Certamente o Brasil poderia ter chegado um pouco mais perto do pódio se não tivesse falhado no solo, com duas quedas de Sérgio Sasaki. Erros, porém, são normais na ginástica. Até os campeões japoneses não passaram ilesos.
– A gente fez nossa parte. Fico triste de não ter dado meu 100% no solo, mas feliz de ter ajudado nos outros aparelhos. Quando compito por equipes, normalmente me sinto um pouco mais nervoso, um pouco mais tenso. Eu compito seis aparelhos. A responsaibilidade é um pouco maior, a minha cobrança é maior, porque sei que posso fazer a diferença para o Brasil – disse Sasaki.
A sexta colocação nem era esperada para um grupo que sempre declarou a estratégia de focar em finais individuais na Rio 2016. Todos eles, aliás, estão classificados para pelo menos uma decisão. Sasaki e Nory disputam a final do individual geral na quarta-feira. Diego e Nory competem no solo no domingo. Na próxima segunda-feira, Zanetti tenta o bi olímpico das argolas. Chico fecha a participação brasileira nos Jogos no dia 16 de agosto, na decisão da barra fixa.
1ª ROTAÇÃO
Se na classificatória a Arena Olímpica ainda não estava cheia quando Zanetti se apresentou nas argolas – houve problema de acesso ao Parque Olímpico -, desta vez o campeão olímpico teve casa cheia, pôde sentir o calor da torcida. Ele novamente puxou o desempenho do Brasil no aparelho, repetiu a série da classificatória, com menor dificuldade, e somou 15,566. Chico e Sasaki também melhoraram seus resultados em relação ao primeiro dia, e o Brasil conseguiu 44,332 pontos.
O telão mostrava: o Brasil só estava atrás de Rússia e Alemanha. Os favoritos China, Japão e Estados Unidos sofreram quedas na primeira rotação. Nascia o sonho de uma medalha para o time.
2ª ROTAÇÃO
Para chegar ao sonhado pódio era preciso voar alto. Assim fizeram os brasileiros no salto. Diego, Nory e Sasaki repetiram o bom desempenho da classificatória. Os pequenos passos nas aterrissagens não tiraram o sorriso de satisfação no rosto dos brasileiros. Com 45,032 pontos no salto, o time da casa viu a Grã-Bretanha o ultrapassar, mas apenas a Rússia havia aberto vantagem na liderança. China e Japão continuavam atrás.
3ª ROTAÇÃO
Por anos era um sonho ver uma equipe masculina do Brasil na Olimpíada. Imagina. Na ginástica artística? Um esporte dominado por russos, americanos, japoneses, chineses… Bem, chegou a hora de novos sonhos. O time não só conquistou a vaga nos Jogos do Rio de Janeiro como também consolidou sua posição entre os grandes nesta segunda-feira. Arthur Zanetti, Arthur Nory, Diego Hypolito, Francisco Barretto e Sergio Sasaki encantaram a Arena Olímpica na final por equipes em mais uma tarde mágica, de voos fascinantes, de vibração, de garra. O pódio não veio, e nem estava ao alcance ainda, mas a inédita sexta colocação foi celebrada, mesmo com falhas no solo. Potências da ginástica, atenção! O Brasil chegou, e é para ficar!
– É a primeira vez que estamos com uma equipe completa e pegamos final. Os cinco primeiros são potências olímpicas. Estamos aí. Eles sabem que se derem uma vacilada, estamos na cola. O Brasil cresceu muito. Sabíamos a realidade, que a chance era muito pequena de uma medalha. Viemos para fazer nosso melhor e curtir a competição – disse Arthur Zanetti.
É claro que a festa foi do Japão, que retomou o posto de melhor equipe da Olimpíada com um ouro que não vinha desde os Jogos de Atenas 2004. Um título conquistado com a liderança de Kohei Uchimura. O astro conquistou 91,598 pontos dos 274,094 da equipe japonesa. Alegria também para a Rússia, que volta ao pódio com a prata depois três edições ausente. Os antigos bicampeões chineses não vibraram muito com o bronze.
Mas os brasileiros têm motivo para se orgulharem. Para entender o tamanho do feito, basta saber que a sexta colocação nunca foi alcançada em Olimpíada nem mesmo pelo time feminino, nem mesmo por uma equipe com Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypolito e Lais Souza, que ficaram em oitavo nos Jogos de Pequim 2008.
Certamente o Brasil poderia ter chegado um pouco mais perto do pódio se não tivesse falhado no solo, com duas quedas de Sérgio Sasaki. Erros, porém, são normais na ginástica. Até os campeões japoneses não passaram ilesos.
– A gente fez nossa parte. Fico triste de não ter dado meu 100% no solo, mas feliz de ter ajudado nos outros aparelhos. Quando compito por equipes, normalmente me sinto um pouco mais nervoso, um pouco mais tenso. Eu compito seis aparelhos. A responsaibilidade é um pouco maior, a minha cobrança é maior, porque sei que posso fazer a diferença para o Brasil – disse Sasaki.
A sexta colocação nem era esperada para um grupo que sempre declarou a estratégia de focar em finais individuais na Rio 2016. Todos eles, aliás, estão classificados para pelo menos uma decisão. Sasaki e Nory disputam a final do individual geral na quarta-feira. Diego e Nory competem no solo no domingo. Na próxima segunda-feira, Zanetti tenta o bi olímpico das argolas. Chico fecha a participação brasileira nos Jogos no dia 16 de agosto, na decisão da barra fixa.
1ª ROTAÇÃO
Se na classificatória a Arena Olímpica ainda não estava cheia quando Zanetti se apresentou nas argolas – houve problema de acesso ao Parque Olímpico -, desta vez o campeão olímpico teve casa cheia, pôde sentir o calor da torcida. Ele novamente puxou o desempenho do Brasil no aparelho, repetiu a série da classificatória, com menor dificuldade, e somou 15,566. Chico e Sasaki também melhoraram seus resultados em relação ao primeiro dia, e o Brasil conseguiu 44,332 pontos.
O telão mostrava: o Brasil só estava atrás de Rússia e Alemanha. Os favoritos China, Japão e Estados Unidos sofreram quedas na primeira rotação. Nascia o sonho de uma medalha para o time.
2ª ROTAÇÃO
Para chegar ao sonhado pódio era preciso voar alto. Assim fizeram os brasileiros no salto. Diego, Nory e Sasaki repetiram o bom desempenho da classificatória. Os pequenos passos nas aterrissagens não tiraram o sorriso de satisfação no rosto dos brasileiros. Com 45,032 pontos no salto, o time da casa viu a Grã-Bretanha o ultrapassar, mas apenas a Rússia havia aberto vantagem na liderança. China e Japão continuavam atrás.
3ª ROTAÇÃO
O ritmo acelerado dos gritos da torcida empurrou os brasileiros nas barras paralelas. Chico teve alguns desequilíbrios no aparelho, mas fechou bem e tirou os mesmos 14,700 de Nory. Sasaki voou alto e cravou tudo. A nota 15,133 puxou o somatório do Brasil (44,533), que manteve a quarta colocação. O Japão, atual campeão mundial, reagiu liderado por saltos quase perfeitos de Kenzo Shirai e Kohei Uchimura e assumiu a segunda posição, atrás dos russos. Os alemães, porém, sofreram uma queda na barra fixa e foram ultrapassados pelos anfitriões da Rio 2016.
4ª ROTAÇÃO
A vibração tomava conta dos ginastas brasileiros àquela altura. Para um pódio, ainda era preciso contar com erros de rivais favoritos, mas estar entre os grandes, entre as potências, isso só dependia deles. A comemoração era grande a cada série completa na barra fixa. Nory, quarto no Mundial de 2015, acertou o movimento que errou na classificatória (14,933). Chico, que vai disputar a final da barra na Rio 2016, mais uma voou alto em largadas e retomadas incríveis (15,166). Sasaki também foi muito bem, mas os árbitros acharam que não foi tão preciso. A nota 14,566 foi muito vaiada na Arena Olímpica, que pedia mais pontos para o brasileiro.
Com 44,665 pontos no aparelho, o Brasil manteve o quarto posto. Russos e Japoneses já se colocavam em uma disputa à parte pelo ouro. O bronze, porém, ainda estava ao alcance. Com britânicos na frente no páreo pelo pódio.
5ª ROTAÇÃO
O solo era o aparelho mais importante para o Brasil naquele momento, o que a equipe conseguiu a melhor pontuação na classificatória. Só que enquanto chineses e americanos voaram nas barras paralelas, Sasaki caiu. Duas vezes. A nota 12,100 acabou com qualquer chance de pódio, que já dependia de falhas dos rivais. Um balde de água fria? Talvez para torcedores empolgados. Para a equipe, o objetivo ainda era uma inédita posição. Nory, finalista do aparelho na Rio 2016, acabou pisando fora do tablado (14,500). Diego Hypolito, outro que está na final do solo, foi aclamado pela Arena Olímpica. Ele fez uma boa série, mas a nota 15,133 ficou abaixo dos 15,500 da classificatória. Com 41,733 pontos, os brasileiros foram ultrapassados por americanos e chineses. Só restava manter o sexto posto.
6ª ROTAÇÃO
As falhas no solo diminuíram a empolgação dos brasileiros, mas ainda havia um aparelho para fechar a competição: o temido cavalo com alças. Antigo Calcanhar de Aquiles, mais uma vez o cavalo foi domado por Sasaki, Nory e Chico. Os 43,433 pontos garantiram a sexta e inédita colocação, com um total de 263,728 pontos. No final, os brasileiros só aguardaram para ver a formação do pódio. Os japoneses levaram a melhor, assim como no Mundial de 2015, graças a Kohei Uchimura, que sozinho somou 91,598.
GE