Analista geopolítico aponta decadência cultural francesa na abertura dos Jogos Olímpicos
Glenn Diesen destaca contradições da cerimônia de abertura e seu significado político
O professor e analista geopolítico Glenn Diesen, em uma postagem no X, discutiu o impacto cultural da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, caracterizando-a como uma “decadência cultural”. Segundo o analista, embora a França seja conhecida por seu longo histórico de cosmopolitismo, a performance olímpica foi globalmente interpretada de maneira negativa. Diesen argumenta que “a performance tinha a intenção de demonstrar tolerância, um componente vital do liberalismo”, mas acabou sendo criticada por sua falta de adequação ao evento.
O analista critica o liberalismo por suas contradições internas, especialmente a tensão entre “tolerância e a suposição de universalismo”, que leva a uma falta de tolerância para com as divergências sobre progressismo e universalismo. Ele sugere que tais contradições são evidentes quando “formam-se consensos culturais através de intolerância e intimidação”.
Diesen também observa uma disparidade na representação cultural, apontando que, enquanto “uma ampla gama de orientações sexuais é exibida com tolerância”, a proibição de hijabs para atletas muçulmanas revela uma “tolerância para mim, mas não para ti”. Essa abordagem contraditória reflete um debate mais amplo sobre os valores aceitos na sociedade contemporânea e suas manifestações públicas durante eventos de grande visibilidade como os Jogos Olímpicos. Confira sua postagem:
Culture and soft power is an important part of international politics, and France has a long history of cosmopolitanism that appeals to universal civilisation:
– However, I suspect most of the world interprets this performance at the Paris Olympics as cultural decadence.
– The… pic.twitter.com/P5dsPJfLW8— Glenn Diesen (@Glenn_Diesen) July 27, 2024
Com Brasil 247