CORONAVÍRUS

Amidi reprova ataques de ex-senador a profissionais de comunicação: “manifestação equivocada, intolerante e inoportuna”, diz

A Associação da Mídia Digital (AMIDI) repudiou, por meio de nota, nesta sexta-feira (15), as declarações do ex-senador Roberto Cavalcanti, proprietário do Sistema Correio de Comunicação, onde o empresário citou a forma como a mídia tem explorado as informações relativas à Covid-19, insinuando uma possível ‘manipulação de dados’ perante a opinião pública e admitindo até o “apedrejamento” de jornalistas e radialistas que praticarem essa forma de divulgação.

A declaração do ex-senador repercutiu nacionalmente, causando reprovação do setor. Segundo a nota, a declaração foi uma “manifestação equivocada, intolerante e inoportuna do empresário”, diz trecho.

Confira a nota:

A Associação da Mídia Digital – AMIDI – expressa profunda reprovação contra a manifestação equivocada, intolerante e inoportuna do empresário Roberto Cavalcanti, durante participação em programa de rádio pertencente ao seu grupo em João Pessoa.

Ao criticar a cobertura jornalística de “determinadas emissoras”, em que supostamente se comemora mortes como gols, Cavalcanti não cita nomes e se vale de generalização vazia para lançar uma lamentável expressão de incitação à violência contra jornalistas que informam a Paraíba e o Brasil sobre números e dados oficiais.

Não consta nenhum exemplo de algum jornalista profissional que tenha festejado as tristes estatísticas de vidas perdidas, nem muito menos aplaudido as consequências econômicas amargadas por todas as camadas do mercado, incluindo a comunicação, com demissão e erradicação de postos de trabalho, como ironicamente vivem na pele profissionais do próprio Jornal Correio da Paraíba, fechado recentemente.

De um líder de um grupo de comunicação e testemunha ocular das agruras, pressões, incompreensões e dores diárias vividas por jornalistas para o cumprimento do exercício profissional, espera-se o reconhecimento da infelicidade da abordagem e da constrangedora injustiça com aqueles que ao seu lado trabalham para construir audiência, credibilidade, faturamentos, empregos e lucros.

As únicas pedras que devem ser erguidas nesse momento tão grave que atravessamos são as que solidificam a informação e os meios profissionais de comunicação como alicerce inabalável de uma sociedade esclarecida, democrática, humana e civilizada. O contrário desses valores é pecado que não lavaremos as mãos.

Redação com informações do WScom

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