AGIR36 classifica como “absurda” proposta de Queiroga sobre educação de autistas: “Discriminação aberta”

Redação DiárioPB16/10/2024Última Atualização 16/10/2024

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O partido AGIR36 Paraíba divulgou uma nota de repúdio contra o candidato à Prefeitura de João Pessoa, Marcelo Queiroga (PL), após declarações feitas por ele em entrevista à TV Cabo Branco nesta terça-feira (15). Queiroga sinalizou a possibilidade de assinar um decreto incentivando a criação de salas e escolas especiais para crianças com deficiências, transtornos do desenvolvimento, como o autismo, e superdotação.

“Enquanto o mundo inteiro luta pela inclusão e pela compreensão das pessoas atípicas, enquanto o Governo da Paraíba e o atual Prefeito de João Pessoa apontam na direção de fortalecer políticas públicas de inclusão e integração para melhor assistência às famílias atípicas, um candidato tem a coragem de discriminar abertamente pessoas com TEA”, diz a nota, que é assinada pelo presidente Flávio Moreira e pela presidente do AGIR36 Mulher Paraíba, Alyne Moreira.

Durante a entrevista, o candidato do PL declarou que o atendimento educacional dependeria do “grau do problema” de cada aluno. “Depende do grau desse tipo de problema, né? Algumas crianças precisam de um tratamento diferenciado, mas na medida do possível o ensino tem que ser o mais inclusivo possível”, disse o candidato.

“Seguiremos lutando para que pessoas como Queiroga e seu grupo político não cheguem jamais a ocupar espaços de poder, posto que o seu objetivo de separar as pessoas somente alimenta o ódio, o preconceito e fere gravemente todas as famílias típicas e atípicas que têm empatia e amor ao próximo”, conclui a nota do AGIR36.

A proposta de Queiroga segue os moldes de um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), considerado polêmico e posteriormente derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e revogado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O decreto foi criticado por entidades e defensores da inclusão, que o viam como um retrocesso por possibilitar que escolas deixassem de aceitar estudantes com deficiências e transtornos.